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Pontes: substituto de Galvão fica no cargo até comitê indicar diretor oficial

Astronauta Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia do governo Jair Bolsonaro (PSL) - 18.dez.2018 - Janaina Garcia/UOL
Astronauta Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia do governo Jair Bolsonaro (PSL) Imagem: 18.dez.2018 - Janaina Garcia/UOL

Ana Paula Niederauer e Thaís Barcellos

05/08/2019 15h23

O ministro da Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicação, Marcos Pontes, afirmou, em entrevista à Rádio Eldorado, que o nome do novo diretor do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) deve ser anunciado entre esta segunda-feira, 5, e terça-feira, 6. Segundo ele, o critério será técnico e, entre os preferidos, está um oficial da Aeronáutica doutor em desmatamento. "Estou procurando nome que tenha conexão com Inpe, que tenha conhecimento nessa área (desmatamento) e em gestão", disse.

Pontes afirmou que o substituto de Ricardo Galvão deve permanecer no cargo até que seja estabelecido o comitê de busca com três nomes, de onde deve sair o diretor oficial.

"Esse é o padrão previsto. O que a gente tem que fazer agora é escolher um diretor substituto, (para) que ele permaneça até que seja estabelecido o comitê de busca e depois o comitê de busca vai trazer três nomes, de onde vai sair um diretor que vai ficar ali", explicou à Eldorado o ministro.

O regimento interno do Inpe, aprovado pela Portaria n° 897, de 3 de dezembro de 2008, prevê que a escolha do diretor deve ocorrer por meio de uma lista tríplice elaborada por um comitê.

O ministro declarou que o ex-diretor do Inpe Ricardo Galvão tornou a situação insustentável ao procurar a imprensa para rebater os comentários do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em vez de tentar resolver a situação pelo diálogo.

"Se o Galvão tivesse me procurado após os comentários de Bolsonaro, tudo poderia ter sido resolvido no diálogo. O fato de ter falado direto com a imprensa gerou perda de confiança", afirmou Pontes. "Tem influência do presidente (na demissão), mas também tem minha parte, porque se tornou difícil contornar a situação."

"Esse é o padrão previsto. O que a gente tem que fazer agora é escolher um diretor substituto, (para) que ele permaneça até que seja estabelecido o comitê de busca e depois o comitê de busca vai trazer três nomes, de onde vai sair um diretor que vai ficar ali", explicou à Eldorado o ministro.

O regimento interno do Inpe, aprovado pela Portaria n° 897, de 3 de dezembro de 2008, prevê que a escolha do diretor deve ocorrer por meio de uma lista tríplice elaborada por um comitê.

O ministro declarou que o ex-diretor do Inpe Ricardo Galvão tornou a situação insustentável ao procurar a imprensa para rebater os comentários do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em vez de tentar resolver a situação pelo diálogo.

"Se o Galvão tivesse me procurado após os comentários de Bolsonaro, tudo poderia ter sido resolvido no diálogo. O fato de ter falado direto com a imprensa gerou perda de confiança", afirmou Pontes. "Tem influência do presidente (na demissão), mas também tem minha parte, porque se tornou difícil contornar a situação."

Segundo ele, o Deter é um levantamento rápido, que pode ter ruídos.

Pontes reconheceu, porém, que o Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), levantamento anual que deve ser divulgado entre o fim de agosto e início de setembro, deve mostrar a mesma tendência de aumento do desmatamento dos dados que iniciaram a polêmica no Inpe.

O Deter apontou aumento de 88% do desmatamento na Amazônia em junho em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 40% nos 12 meses anteriores, dado que deve ter maior aderência com o Prodes.

Inexistência de desmatamento e aquecimento global

Em relação às declarações polêmicas de integrantes do governo sobre a inexistência de desmatamento e de aquecimento global, Pontes contemporizou dizendo que procura explicar os dados do ministério para Bolsonaro e outros ministros.

"Mas a questão é que nem todo mundo entende sobre ciência e às vezes interpreta do ponto de vista pessoal", completando que ele também não entende de economia e que, apesar de ter algum conhecimento de diplomacia, não cursou o Instituto Rio Branco, de formação de diplomatas.