Justiça quebra sigilo e sequestra R$ 2 milhões de acusados de matar Marielle
O juízo da 1ª Vara Criminal Especializada do Rio de Janeiro decretou na noite de ontem a quebra do sigilo fiscal e bancário do policial militar reformado Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, acusados pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que foram assassinados a tiros em março de 2018. Segundo a Polícia Civil, a medida tem como objetivo apurar suposta lavagem de dinheiro praticada pelos presos.
A Justiça fluminense determinou ainda o sequestro de R$ 2 milhões em bens e bloqueio de contas da dupla. A ordem é cumprida na manhã de hoje pela Secretaria de Estado de Polícia Civil, por meio do Departamento Geral de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DGCOR), e pelo Ministério Público Estadual, por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Gaeco).
Entre os bens sequestrados estão uma lancha avaliada em cerca de R$ 400 mil, que pertencia a Ronnie Lessa e foi encontrada por policiais civis em um condomínio em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense. Além dela, a lista de arrestos inclui um imóvel em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, avaliado em R$ 1,2 milhão, também pertencente ao PM reformado.
A Polícia Civil informou ainda que a quebra de sigilo decretada pela Justiça fluminense vale também para Alexandre Motta Souza, amigo de Ronnie Lessa que foi preso após a Divisão de Homicídios da Capital apreender 117 fuzis incompletos em sua casa. A prisão de Souza foi revogada depois de depoimento de Lessa.
A mulher do policial reformado e o irmão dela, presos durante a Operação Submersos, também tiveram o afastamento do sigilo deferido pela 1ª Vara Criminal Especializada do Rio, indicou a Polícia Civil do Rio.
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