Covid avança em bairros nobres de SP
"Não podemos deixar de destacar esse aumento em distritos de maior índice de desenvolvimento humano (IDH), um aumento de 100% na região centro-oeste, uma das mais ricas da cidade. Os inquéritos ajudam a implementar políticas específicas para cada fase. E acende uma luz amarela esse aumento na classe A e B", disse o prefeito Bruno Covas (PSDB).
Na coletiva, não foram explicados os motivos que estariam levando a esse crescimento em bairros nobres, mas em entrevista ao Estadão na semana passada, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou que a alta está acontecendo na população que conseguiu fazer melhor o isolamento social durante o auge da pandemia, mas que agora está saindo às ruas, no comércio, em bares e restaurantes, e está sendo infectada. No entanto, segundo ele, esse dado não é indicativo de uma segunda onda iminente.
Especialistas afirmam que, por mais que a flexibilização da quarentena esteja sendo gradual, o comportamento das pessoas pode ser um dos responsáveis por esse crescimento.
Mesmo diante do avanço em bairros nobres, a covid-19 ainda é mais prevalente em bairros de IDH mais baixo. A prevalência é de 19,1%, tendo registrado um aumento de 36% da doença em relação ao último inquérito. Já os bairros de IDH médio têm prevalência de 13,2% e tiveram uma variação de apenas 1,1%. Nos bairros de IDH alto, esse índice é de 9,5%.
O inquérito mostra, no entanto, que quando o recorte é feito por classe social, pessoas das classes D e E têm seis vezes mais chances de pegar a doença, com taxa de 18,7%, que pessoas da classe A (3,1%).
O estudo também mostra que a prevalência continua sendo mais alta entre jovens, sendo de 15,4% entre pessoas de 18 a 34 anos. Entre os que tem 35 a 49 anos, esse índice é de 14,6%.
Os resultados mostram também que 13,9% dos entrevistados já tinham anticorpos para a covid-19. Isso equivale a 1,6 milhão de pessoas na cidade.
O inquérito sorológico foi feito entre os dias 25 e 27 de agosto com amostragem por sorteio aleatório de abrangência de 472 unidades básicas de saúde (UBS) e o teste aplicado foi o imunocromatográfico IGM/IGG.
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