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Em carta, Lula e Dilma pedem libertação de Assange: 'Grave erro judicial'

Assange é o fundador do WikiLeaks, site que publicou milhares de documentos secretos dos EUA - Henry Nicholls/Reuters
Assange é o fundador do WikiLeaks, site que publicou milhares de documentos secretos dos EUA Imagem: Henry Nicholls/Reuters

Em São Paulo

13/12/2021 11h41Atualizada em 13/12/2021 11h43

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (ambos do PT) assinaram uma carta que pede liberdade para Julian Assange, fundador do WikiLeaks.

O documento, divulgado ontem pela organização de esquerda Grupo de Puebla, afirma que a prisão de Assange é um "triunfo da opressão, do silêncio e do medo".

O texto foi assinado por líderes da esquerda de diversos países da América Latina, incluindo o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper e o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo.

Entre os brasileiros, também assina a carta o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT).

Assange ficou mundialmente conhecido em 2010, quando divulgou milhares de documentos diplomáticos e militares americanos.

Em 2016, publicou milhares de mensagens secretas da campanha da democrata Hillary Clinton, rival de Donald Trump nas eleições daquele ano.

Na última sexta-feira (10), a Justiça do Reino Unido determinou que o criador do WikiLeaks pode ser extraditado para os Estados Unidos para responder a acusações de espionagem.

O australiano, que tem 50 anos, é alvo de pelo menos 17 acusações criminais e pode ser condenado a até 175 anos de prisão.

Segundo a carta assinada por Lula e Dilma, a determinação do tribunal britânico é um "grave erro judicial" que abre precedentes contra a liberdade de expressão e os direitos humanos.

"A decisão do Tribunal de Westminster (Reino Unido), de 10 de dezembro de 2021, que possibilita a extradição de Julian Assange aos EUA, não é apenas um grave erro judicial que põe em risco sua vida, como sua advogados de defesa, mas sim uma decisão que abre sérios precedentes na violação do direito humano à liberdade de expressão e informação", diz o documento.