Sem citar nomes, chefe da ONU acusa Israel de desinformação

O secretário-geral da ONU, António Guterres, acusou Israel nesta segunda-feira de espalhar desinformação sobre ele durante a guerra de mais de oito meses entre Israel e militantes palestinos do Hamas na Faixa de Gaza.

"Eu ouvi a mesma fonte várias vezes dizendo que eu nunca ataquei o Hamas, que eu nunca condenei o Hamas, que eu sou um apoiador do Hamas", disse Guterres, em entrevista coletiva sobre integridade da informação, sem citar Israel diretamente.

"Eu condenei o Hamas 102 vezes, 51 delas em discursos formais, e outras em diferentes plataformas sociais", afirmou. "A verdade, no fim das contas, sempre vence."

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que as condenações de Guterres foram "palavras vazias quando comparadas com as suas ações".

"Seu único objetivo tem sido ajudar o Hamas a sobreviver a esta guerra. Nós achamos desprezível que o secretário-geral se recuse a respeitar os padrões da ONU e pinte uma imagem distorcida dos acontecimentos", disse Erdan. "António Guterres é um cúmplice do terror e deveria renunciar hoje."

As relações entre a ONU e Israel são difíceis há muito tempo e apenas pioraram durante a guerra entre Israel e o Hamas.

Israel acusou a ONU de ser enviesada contra ele e funcionários da entidade de trabalharem com o Hamas e outros militantes. A ONU está investigando algumas das acusações, mas afirmou que, em muitos casos, ainda não recebeu evidências de Israel.

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