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Doria diz acreditar que Bolsonaro não irá para o segundo turno: 'Ele se autodestrói'

Pré-candidato do PSDB mantém em aberto a possibilidade de uma aliança com Sergio Moro (Podemos) - Divulgação/Governo do estado de São Paulo
Pré-candidato do PSDB mantém em aberto a possibilidade de uma aliança com Sergio Moro (Podemos) Imagem: Divulgação/Governo do estado de São Paulo

Guilherme Bianchini

Em São Paulo

10/01/2022 07h22

O governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, João Doria, afirmou que a terceira via ainda será capaz de dialogar e se concentrar em menos nomes do que no atual cenário. "Haverá um juízo para se encontrar a melhor via. Em junho vamos ter essa concretude para que a terceira via possa ser expressada em um ou dois candidatos. Lembrando que Ciro Gomes (PDT) será candidato até o final", disse Doria em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, na noite de ontem (11).

Doria mantém em aberto a possibilidade de uma aliança com Sergio Moro (Podemos), com quem se reuniu em dezembro na casa da presidente nacional do partido do ex-juiz, Renata Abreu. "O encontro com Moro foi bom. Eu gosto dele, o mundo da política não gosta. Vamos manter o diálogo até maio, junho, e lá ver quem tem maior viabilidade para disputar em nome da terceira via."

Apesar de Jair Bolsonaro (PL) aparecer em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, o governador paulista acredita que o presidente perderá a chance da reeleição ainda no primeiro turno. Para Doria, apesar de as alternativas da terceira via ainda terem desempenho fraco nas pesquisas, uma dessas opções enfrentará Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.

"Nenhuma pesquisa antecipa resultado, ela revela apenas o retrato momentâneo. Mesmo com 20% ou 25% nas pesquisas, não acredito que Bolsonaro vá para o segundo turno, o vejo em declínio. Ele se autodestrói, é o seu maior adversário", afirmou.

Além do desempenho nas pesquisas, Doria citou outros dois fatores essenciais para que se chegue a um consenso sobre o candidato da terceira via: resiliência para enfrentar a "campanha suja" de Bolsonaro e Lula e questionamento sobre a capacidade de administrar o Brasil.

"O País vai fazer um novo teste? Olha o que deu o teste com Bolsonaro. Desastre na economia, no plano social, na saúde. Testamos errado, erramos na mosca. Imaginamos eleger um sonho e ganhamos um pesadelo", declarou o governador.