Metrô: 2 trabalhadores foram socorridos por contato com água; rodízio é suspenso
Segundo o porta-voz do Corpo dos Bombeiros, capitão André Elias, a hipótese é de que o acidente ocorreu após um choque do Tatuzão (máquina de grande porte usada na escavação), mas ainda não sabe se foi atingida uma adutora ou se a água vem do leito do rio.
"A informação que nós temos é de que realmente essa máquina teria atingido alguma coisa, mas não cabe ao Corpo de Bombeiros saber realmente o que foi. Cabe à empresa que fez a obra e a toda a parte de engenharia do Metrô dar provimentos a isso", disse ele em entrevista à GloboNews.
"O que temos, do local, é de que pode ter sido o leito do rio ou de transporte de fluidos. Essa informação não temos". Todos os funcionários que estavam no local conseguiram sair após o vazamento. Dois trabalhadores, que tiveram contato com a água suja que invadiu o túnel, foram socorridos. Mergulhares chegaram a ser acionados para localizar possíveis vítimas.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) e a construtora Acciona ainda não confirmaram a informação do rompimento de tubulação.
A STM informou, em nota, que "as causas do acidente serão apuradas, assim como a extensão dos danos à obra e às vias locais", disse, em nota.
Rodízio
A CET informou que as pistas da Marginal no sentido da Ayrton Senna permanecem interditadas. Há uma canalização controlada em duas faixas da pista expressa para que os veículos atravessem o ponto da obra com segurança. Agentes de campo da companhia estão no local orientando os condutores. A CET pediu que os motoristas evitem a Marginal Tietê e as vias da região. Em razão da ocorrência, o rodízio municipal de veículos está suspenso nesta terça-feira, tanto o do período da manhã quanto o da tarde/noite.
Tatuzão
O Tatuzão, equipamento de perfuração de túneis, operava no local do acidente desde 16 de dezembro. A tuneladora, nome técnico do equipamento, começou a escavação em um evento que contou com a presença do governador João Doria (PSDB). Ele partiu do VSE Tietê (poço de ventilação e saída de emergência) e chegaria até um outro VSE na Avenida Senador Felício dos Santos, no centro da cidade.
O equipamento percorreria dez quilômetros nos próximos meses entre as estações Santa Marina e São Joaquim. Pesando 2 mil toneladas, cada Tatuzão possui diâmetro de 10,61 metros e extensão de 109 metros, de acordo com especificações da empresa responsável pela obra. Sua capacidade de perfuração é de aproximadamente 12 a 15 metros por dia.
Para a sua operação são necessárias aproximadamente 50 pessoas, divididas em três turnos de trabalho, informou a Acciona. A máquina possui refeitório, cabine de enfermagem, esteira rolante para a retirada do material escavado, além de cabine de comando e equipamentos auxiliares.
A Linha 6-Laranja do Metrô tem a previsão de interligar o bairro da Brasilândia, na zona norte, à Estação São Joaquim, na região central da capital. A obra tem 15 quilômetros de estação e previsão de construção de 15 estações. A previsão do governo do Estado é que a linha, quando estiver pronta, deverá transportar 630 mil passageiros por dia.
Paradas por quatro anos, desde setembro de 2016, as obras foram reiniciadas em outubro de 2020. O contrato da implantação, manutenção e operação da linha foi comprado pela empresa espanhola Acciona em 2019. Antes ele era do consórcio Move São Paulo (formado pela Odebrecht TransPort, a Queiroz Galvão e a UTC Engenharia).
Embora o contrato do consórcio anterior tenha sido assinado em 2013, as obras foram iniciadas apenas em abril de 2015 e paralisadas no ano seguinte. Em 2008, o Estado chegou a noticiar que a linha começaria a operar de forma parcial em 2012 e integralmente três anos depois.
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