Justiça repassou mais de R$ 5 milhões para vítimas da tragédia de São Sebastião
A Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou os repasses no dia 2 de março. A campanha foi encerrada no último dia 6.
Segundo a Corte, já há, no juízo Criminal de São Sebastião, um procedimento para que entidades sociais se habilitem para aplicarem os recursos na reparação dos danos causados pelo desastre.
"Por meio da iniciativa da Corregedoria Geral de Justiça, a mobilização dos magistrados paulistas culminou com a arrecadação de quantia que irá contribuir consideravelmente para restaurar a dignidade de parcela da população sebastianense que sofreu com a tragédia climática que se abateu na região", afirmou a juíza Glaucia Fernandes Paiva, titular da Vara de São Sebastião.
Os recursos enviados às vítimas das chuvas do litoral paulista são oriundas de penas pecuniárias - multas aplicadas como alternativa à penas privativas de liberdade.
A depender da pena e da natureza do crime, o juiz pode substituir, por exemplo, meses de reclusão, pelo pagamento de um montante que é revertido para entidades sociais cadastradas.
A prestação pecuniária também pode ser fixada em casos em que o réu faz pactos com o Ministério Público do Estado - transação penal, suspensão condicional do processo e no acordo de não persecução penal.
De maneiras diferentes, em tais hipóteses, o investigado reconhece o delito que cometeu e aceita pagar uma multa para obter benefícios, como a não abertura de uma ação penal - que, por sua vez, pode gerar condenação.
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