Lira teve reunião reservada com Nísia, ministra da saúde, um dia antes de viajar para Portugal
Um dos principais focos de reclamação dos parlamentares é justamente a Saúde, que tem um orçamento de R$ 188,3 bilhões. O ministério é antigo feudo do partido e Nísia não tem filiação partidária. O União Brasil, por sua vez, conseguiu o aval de Lula para trocar Daniela Carneiro (RJ) por Celso Sabino (PA) no Turismo. O partido também reivindica as presidências da Embratur e dos Correios.
Lira nega que esteja reivindicando o comando da Saúde. Seus aliados, no entanto, já falam inclusive em apadrinhar um técnico para a pasta.
Na última sexta-feira, 16, em reunião com Lira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu buscar "alternativas" às demandas do Centrão porque não quer entregar a Saúde. Os dois se encontraram no Palácio da Alvorada e o petista disse que resolverá o impasse sobre o espaço do Centrão no governo quando retornar da Europa.
Lira afirmou a aliados que gostou da conversa com Lula na sexta. Foi a segunda vez que os dois se reuniram presencialmente desde que a Câmara ameaçou, no fim de maio, derrubar a estrutura ministerial do governo, com a rejeição de uma Medida Provisória (MP) para dar ao Planalto um recado de insatisfação. Houve também um telefonema em meio à crise.
Desde que a MP dos Ministérios foi aprovada em cima da hora, Lula entrou na articulação política para tentar melhorar a relação com os deputados, que têm reclamado do tratamento que recebem do governo, da demora na liberação de emendas e da falta de nomeações de aliados para cargos regionais.
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