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Vereadora de Ilhabela diz que entrará com ação contra prefeito por violência política

A vereadora Dra. Diana (PL) chamou de "violência política" a reação do prefeito Antonio Colucci (PL) em uma discussão entre os dois em Ilhabela Imagem: Reprodução/Instagram

São Paulo

05/08/2023 22h16Atualizada em 05/08/2023 22h37

A vereadora de Ilhabela Dra. Diana (PL) afirmou que pretende entrar com uma representação na Justiça por violência política contra o prefeito Antonio Colucci (PL) após ele ter dito a ela "se sente" e "se comporte" durante uma discussão.

A parlamentar transmitia ao vivo a análise de uma licitação pública para administração das redes sociais da prefeitura e fazia acusações contra o processo, quando foi interrompida pelo prefeito.

A discussão ocorreu em 21 de julho. Servidores municipais analisavam o contrato de R$ 3,78 milhões com uma empresa para gestão de redes sociais. A vereadora acompanhava a análise e a transmitia na internet. Ela questiona a necessidade da contratação e levanta dúvidas sobre a lisura do processo.

O vídeo publicado pela vereadora não mostra como o bate-boca começou. Colucci ordena que Diana "sente ali", "se comporte" e a chama de "mentirosa". Ele então se dirige aos servidores e diz para eles retomarem a análise.

"Eu sou fiscal, o senhor me respeite", exige Diana.

Ele então fala: "Se você atrapalhar, eu tiro você da sala. Se comporte, só isso", ao que ela contesta: "Me tira dessa sala, quero ver o senhor me tirar dessa sala."

A discussão continua por ao menos quatro minutos e o prefeito sugere a ela fazer as denúncias nos órgãos responsáveis.

A vereadora escreveu sobre o caso nas redes sociais neste sábado, 5. "Pensei muito se eu postaria esse vídeo aqui no meu feed. Eu não gosto de me colocar em uma situação inferior por ser mulher. Mas está claro para que todos possam ver que sim, eu sofri e venho sofrendo violência e perseguição política por parte do prefeito Antonio Colucci de Ilhabela".

Em nota, a prefeitura disse prezar pela independências dos Poderes e pela função fiscalizatória dos parlamentares, mas que "não pode permitir a transformação de processos e condutas da administração pública em palco para desenvolvimento de atividades políticas e tampouco que funcionários públicos sejam constrangidos no exercício da função, prática que vem sendo executada pela vereadora em questão".

O Executivo municipal também defendeu a necessidade do contrato de empresa para gestão das redes sociais para divulgar as políticas públicas para a população e ampliar participação cidadã. "Nesse sentido, dizer que o contrato se limita à divulgação dos atos públicos em redes sociais é desconhecer a dimensão da tarefa da comunicação pública para a democracia."

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