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MP de Contas pede suspensão de salários de militares indiciados pela PF

Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, durante exercícios militares em Goiás Imagem: Evaristo Sá - 16.ago.2021/AFP

Brasília

22/11/2024 18h50Atualizada em 22/11/2024 20h16

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu uma medida cautelar para suspender os salários de militares indiciados pela Polícia Federal nesta semana por envolvimento em uma trama golpista. O pedido será analisado pelo TCU. A representação se baseia em matéria publicada pelo Metrópoles que diz que o governo gasta R$ 8,8 milhões ao ano com os 24 militares que teriam ajudado a planejar a tentativa de golpe de Estado, segundo a PF. Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas.

"Não se mostra razoável e legítimo que o Estado continue a despender valiosos recursos públicos com o pagamento de régias remunerações a esses indivíduos agora indiciados por esses graves crimes, que podem somar penas privativas de liberdade de até vinte e oito anos", argumenta o subprocurador-geral do MP-TCU, Lucas Furtado.

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Furtado também pediu que o TCU decrete a indisponibilidade de bens e solicite à Advocacia-Geral da União a apreensão do patrimônio dos 37 investigados no montante de R$ 56 milhões. O valor corresponde à estimativa dos prejuízos causados nos atos golpistas de depredação das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Para Furtado, há "direta conexão entre a tentativa de golpe de Estado e as depredações".

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