Moro rebate Gilmar e diz que 'minguém' se importa com opinião do ministro
03/12/2024 12h02Atualizada em 03/12/2024 13h52
O senador Sérgio Moro (União-PR) criticou nesta terça-feira (3) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes por uma declaração do magistrado na Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta segunda (2).
Na rede social X (antigo Twitter), o ex-juiz responsável pela Operação Lava Jato disse que "ninguém se importa com a opinião" do ministro.
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Na segundaa, Gilmar Mendes recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Durante seu discurso, relembrou quando Curitiba sediou em, 1978, um congresso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre alternativas ao modelo autoritário da ditadura militar, abrindo caminho para a Lei da Anistia. "Não é a Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro e companhia", disse.
O ex-juiz rebateu a declaração do ministro do STF. "Amamos Curitiba e o Paraná e ninguém se importa com a opinião de Gilmar Mendes sobre nossa terra", disse Moro, em resposta no X.
Gilmar Mendes é crítico da Lava Jato, à qual já se referiu como "verdadeira organização criminosa", que envolveu "uma série de abusos de autoridades, desvio de dinheiro e violação de uma série de princípios". No aniversário de dez anos da operação, em março deste ano, o ministro disse ter sido a primeira voz a se levantar contra os "abusos" da força-tarefa, como as prisões alongadas em Curitiba e as delações inconsistentes.
Recentemente, Moro criticou a decisão de Gilmar para a anulação das sentenças contra o ex-ministro José Dirceu, condenado duas vezes em processos relacionados à Lava Jato. Segundo Moro, a decisão não apresenta "base convincente" e as condenações de Dirceu foram referendadas pelas instâncias superiores.
"Há prova documental do pagamento de suborno oriundo de contratos da Petrobras. Todos esses magistrados estavam de conluio? Um conluio do qual não há registro ou prova, apenas uma fantasia", disse o senador. "O combate à corrupção foi esvaziado no Brasil sob a bênção do governo Lula e PT", escreveu o perfil do senador no X.