Papa pede que acordo com Irã faça o mundo 'mais seguro'
Em uma praça São Pedro abarrotada de fiéis, apesar da chuva insistente que caía sobre o Vaticano, o papa Francisco realizou neste domingo (5), dia de Páscoa, a benção "Urbi et Orbi" ("À cidade de Roma e ao mundo"), durante a qual ele aborda os principais temas da atualidade.
Desta vez, entre os muitos assuntos mencionados por Jorge Bergoglio, estavam as negociações sobre o programa nuclear do Irã, país que estabeleceu com as potências mundiais as bases para um acordo definitivo a ser assinado até o dia 30 de junho.
"Com esperança, confiamos ao Senhor, que é tão misericordioso, o compromisso assumido nos últimos dias em Lausanne [Suíça], de modo que seja um passo definitivo rumo a um mundo mais seguro e fraterno", afirmou.
Além disso, o Pontífice pediu a todas as pessoas de "boa vontade" uma "persistente oração" por aqueles que perderam a vida, em especial os 148 mortos na última quinta-feira (2) em um ataque do grupo jihadista somali Al Shabaab à Universidade de Garissa, no Quênia.
Sem esquecer do restante da África, o Papa também clamou por paz em Nigéria, Sudão, Sudão do Sul e República Democrática do Congo (RDC), nações que vivem prolongados conflitos fratricidas e cujas populações estão submetidas a grupos extremistas.
"Paz pedimos para a Líbia, de modo que se encerre o absurdo derramamento de sangue em curso e qualquer bárbara violência e para que aqueles que decidem a sorte do país lutem a favor da reconciliação, construindo uma sociedade fraterna que respeite a dignidade das pessoas", acrescentou.
Oriente Médio
Principal preocupação de Bergoglio no cenário internacional desde que ele assumiu o trono de Pedro, os conflitos no Oriente Médio não ficaram de fora da mensagem "Urbi et Orbi" desta Páscoa. "Imploramos por paz para todos os habitantes da Terra Santa. Que possa crescer entre israelenses e palestinos a cultura do encontro e que seja retomado o processo de paz para colocar fim a anos de sofrimento e divisões", ressaltou.
Francisco ainda instou a comunidade internacional a não permanecer "inerte" frente à "imensa tragédia humanitária" que atinge a Síria e o Iraque, países que sofrem com as ações do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
"A Jesus vitorioso pedimos para aliviar o sofrimento de tantos irmãos perseguidos por causa de seu nome, assim como daqueles que sofrem injustamente as consequências dos conflitos. E são tantos! Pedimos, antes de tudo, pela Síria e pelo Iraque, para que cesse o barulho das armas e seja restabelecida a boa convivência entre os diversos grupos que compõem essas amadas nações", disse.
Durante o discurso, o Pontífice também clamou pelo fim dos confrontos na Ucrânia e no Iêmen, assim como cobrou a liberdade das vítimas dos traficantes de drogas, "que muitas vezes se aliam aos poderes que deveriam defender a harmonia na vida e na família humana".
"E paz pedimos a esse mundo submetido aos traficantes de armas, que lucram com o sangue dos homens e das mulheres. E aos marginalizados, presidiários, pobres e imigrantes, que tantas vezes são rejeitados, maltratados e descartados", salentou o Papa.
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