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Equipe encontra esqueleto do século 5 a.C em Pompeia

24/06/2016 17h33

NÁPOLES, 24 JUN (ANSA) - Cerca de 400 anos antes da erupção do vulcão Vesúvio, na Itália, que cobriu de lava e cinzas as cidades de Pompeia, Herculano, Oplonti e Stabia, a região era habitada pelos sanitas. Essa afirmação foi confirmada mais uma vez pela descoberta de um esqueleto de um jovem do século 5 a.C.   


Os restos, que são de um homem de cerca de 20 anos bem alto e encorpado, foram achados em uma tumba próxima dos muros de entrada de Pompeia há cerca de três dias durante uma escavação realizada perto da Porta Erculano, na famosa cidade.   


Os trabalhos são uma colaboração entre a Superintendência do Patrimônio Arqueológico de Pompeia e os institutos franceses de pesquisas École Francaise de Rome e Centre Jean Bérard (Cnrs). A descoberta foi apresentada nesta sexta-feira, dia 24, durante uma coletiva de imprensa.   


A tumba funerária é composta por uma caixa em lajes de calcário do século IV a.C e por seis vasos pintados de preto, elegantes nas suas formas, mas não decorados, o que mostra que os gostos funerários se diferenciavam entre homens e mulheres.   


Com o esqueleto, que foi encontrado de bruços, se descobrirá qual foi a causa de morte de um homem tão jovem, quais eram as suas roupas e o que comia.   


Este é o terceiro mausoléu a ser encontrado na mesma necrópole.   


Há cerca de um ano, foi achado na mesma região outro esqueleto, daquela vez de uma mulher de aproximadamente 42 anos. Entre os pertences funerários da senhora, também sanita, está um vaso com sedimentos de vinho no seu interior. Esse achado é um forte indício que naquela época as mulheres também podiam consumir a bebida, diferentemente do que acontecia na cultura grega. Além disso, as equipes de escavação também descobriram alguns restos mortais de cinco jovens que tentavam fugir da destruição da grande erupção do ano 79 d.C, entre eles o de uma garota, três moedas de ouro junto aos esqueletos e um pingente com forma de folha. Todos os novos achados estão sendo melhores estudados e, por isso, ainda não podem ser vistos pelo público. (ANSA)
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