Editora italiana se prepara para lançar obra de Paulo Coelho
Por Mauretta Capuano ROMA, 27 JUN (ANSA) - O novo lançamento do escritor Paulo Coelho, o livro "A Espiã", será publicado na Itália pela editora La Nase di Teseo. Dedicado a Marta Hari, dançarina holandesa acusada de espionagem durante a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) e intitulada pelo brasileiro como "uma das primeiras feministas", o romance estará nas livrarias de todo mundo no próximo dia 10 de novembro.
"Paulo Coelho, a cada nova obra, surpreende os seus leitores e editores", afirmou a diretora geral de La Nase di Teseo, Elisabetta Sgarbi, italiana que também trouxe o famoso - e rentável - escritor para a editora.
Com mais de 10 mil cópias vendidas apenas na Itália e mais de 200 milhões no mundo, Coelho é o autor vivo mais traduzido do planeta, publicado em 80 línguas, e o com mais seguidores nas redes sociais, tendo 28 milhões de fãs no Facebook e 11 milhões de admiradores no Twitter.
O brasileiro imaginou a obra "A Espiã" em primeira pessoa, contando a vida de Mata Hari através da sua última carta, escrita uma semana antes da sua execução. O romance narra como, por exemplo, em frente ao pelotão, olhando para os seus assassinos e depois de ter negado a se ajoelhar, a holandesa diz que está pronta para sua sentença.
"Eu me vi com uma montanha de documentos nas mãos, mas também com algumas perguntas: 'o que Mata Hari escrevia nessas cartas? E como ela acabou ficando no meio de tantas armadilhas, preparadas pelos seus amigos e inimigos?", conta Coelho, que conseguiu ter à sua disposição um verdadeiro tesouro de informações.
Nos últimos 20 anos, os serviços secretos da Inglaterra, da Alemanha e da Holanda tornaram públicos vários documentos que tratam da espiã. Cortesã, dançarina exótica, acusada de espionagem e condenada à morte, Mata Hari ousou se liberar do moralismo e dos costumes do início do século XX, mas pagou com sua vida para isso.
A única culpa da holandesa foi ser "uma mulher livre" e enquanto esperava pela sua execução, seu único pedido foi papel e caneta para escrever algumas cartas. Assim, da sua prisão em Paris, Mata Hari relembrou as escolhas que fez em seu cotidiano, com astúcia e pensamento estratégico, procurando relembrar sua vida: da infância em uma pequena cidade holandesa, aos anos infelizes como mulher de um diplomata bêbado na ilha de Java, até a sua fama conseguida na França.
"Mata Hari foi uma das primeiras feministas, desafiou as expectativas dos homens da época e escolheu ter uma vida independente a uma convencional. Da sua vida vida podemos trazer lições que valem até hoje, quando os inocentes pagam com a vida às acusações dos poderosos", disse o escritor brasileiro.
"Paulo Coelho sempre contou a história de mulheres exuberantes, controversas, mas extraordinariamente livres. O seu novo livro, 'A Espiã", é a exaltação desse aspecto através de uma figura histórica, Mata Hari. E por se tratar de uma verdade histórica, o romance fica, se possível, ainda mais capaz de ter efeito em um mundo onde as mulheres devem ser mais respeitadas", afirmou Sgarbi.
O último romance lançado por Paulo Coelho foi "Adultério" em maio do ano retrasado. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Paulo Coelho, a cada nova obra, surpreende os seus leitores e editores", afirmou a diretora geral de La Nase di Teseo, Elisabetta Sgarbi, italiana que também trouxe o famoso - e rentável - escritor para a editora.
Com mais de 10 mil cópias vendidas apenas na Itália e mais de 200 milhões no mundo, Coelho é o autor vivo mais traduzido do planeta, publicado em 80 línguas, e o com mais seguidores nas redes sociais, tendo 28 milhões de fãs no Facebook e 11 milhões de admiradores no Twitter.
O brasileiro imaginou a obra "A Espiã" em primeira pessoa, contando a vida de Mata Hari através da sua última carta, escrita uma semana antes da sua execução. O romance narra como, por exemplo, em frente ao pelotão, olhando para os seus assassinos e depois de ter negado a se ajoelhar, a holandesa diz que está pronta para sua sentença.
"Eu me vi com uma montanha de documentos nas mãos, mas também com algumas perguntas: 'o que Mata Hari escrevia nessas cartas? E como ela acabou ficando no meio de tantas armadilhas, preparadas pelos seus amigos e inimigos?", conta Coelho, que conseguiu ter à sua disposição um verdadeiro tesouro de informações.
Nos últimos 20 anos, os serviços secretos da Inglaterra, da Alemanha e da Holanda tornaram públicos vários documentos que tratam da espiã. Cortesã, dançarina exótica, acusada de espionagem e condenada à morte, Mata Hari ousou se liberar do moralismo e dos costumes do início do século XX, mas pagou com sua vida para isso.
A única culpa da holandesa foi ser "uma mulher livre" e enquanto esperava pela sua execução, seu único pedido foi papel e caneta para escrever algumas cartas. Assim, da sua prisão em Paris, Mata Hari relembrou as escolhas que fez em seu cotidiano, com astúcia e pensamento estratégico, procurando relembrar sua vida: da infância em uma pequena cidade holandesa, aos anos infelizes como mulher de um diplomata bêbado na ilha de Java, até a sua fama conseguida na França.
"Mata Hari foi uma das primeiras feministas, desafiou as expectativas dos homens da época e escolheu ter uma vida independente a uma convencional. Da sua vida vida podemos trazer lições que valem até hoje, quando os inocentes pagam com a vida às acusações dos poderosos", disse o escritor brasileiro.
"Paulo Coelho sempre contou a história de mulheres exuberantes, controversas, mas extraordinariamente livres. O seu novo livro, 'A Espiã", é a exaltação desse aspecto através de uma figura histórica, Mata Hari. E por se tratar de uma verdade histórica, o romance fica, se possível, ainda mais capaz de ter efeito em um mundo onde as mulheres devem ser mais respeitadas", afirmou Sgarbi.
O último romance lançado por Paulo Coelho foi "Adultério" em maio do ano retrasado. (ANSA)
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