Áustria ameaça fechar fronteira com Itália contra imigrantes
ROMA, 4 JUL (ANSA) - A Áustria ameaçou hoje (4) enviar um contingente de 750 militares para a fronteira com a Itália, na região de Brennero, para conter o fluxo de imigrantes. A notícia provocou tensão com as autoridades de Roma, que convocaram o embaixador de Viena como forma de protesto, justamente porque a Itália discute no Parlamento Europeu, nesta semana, medidas de apoio dos países do continente para gerenciar a crise de refugiados.
De acordo com o ministro austríaco da Defesa, Hans Peter Doskozil, em entrevista ao jornal "Kronen Zeitung", o país deve ativar "medidas de controle na fronteira" em breve. "Acredito que muito em breve haverá controles nas fronteiras e precisará do envio do Exército", disse o ministro. "As medidas serão indispensáveis se o fluxo de imigrantes da Itália não diminuir", argumentou. Ontem, um relatório das Nações Unidas apontou que são baixas as chances do fluxo imigratório se reduzir nos próximos meses.
Segundo a ONU, 85 mil pessoas desembarcaram na Itália cruzando o Mar Mediterrâneo somente neste ano, número que representa um aumento em 20% no total de 2016, que já tinha sido considerado um ano recorde para chegada de refugiados. "Esta situação não é sustentável", alertou o enviado especial da ONU para o Mediterrâneo, Vincent Cochetel. "Precisamos ter outros países, além da Itália, aceitando imigrantes e compartilhando a responsabilidade", alertou.
Em resposta à Áustria, o Ministério das Relações Exteriores da Itália convovou o embaixador austríaco em Roma, René Pollitzer, para consulta. Oposição - A oposição italiana e os partidos nacionalistas, por sua vez, criticam o governo do primeiro-ministro Paolo Gentiloni, sucessor de Matteo Renzi, ambos do esquerdista Partido Democrático (PD). Renzi e Gentiloni sempre defenderam o acolhimento de imigrantes por parte da Itália e mantiveram programas de assistência aos refugiados. Os dois, porém, exigem que a Europa também compartilhe a responsabilidade na crise imigratória, já que muitos estrangeiros desejam morar em outros países, e não na Itália. Por estar localizada no Mar Mediterrâneo, a Itália recebe diariamente milhares de embarcações de imigrantes do norte da África e do Oriente Médio, servindo de porta de entrada para a Europa. "Aconteceu exatemente o que a Liga tinha previsto. A França e a Espanha não têm nenhuma intenção de receber os refugiados em seus portos, e a Áustria está pronta para enviar seu Exército para a fronteira de Brennero. A Itália de Gentioni e Renzi está isolada na Europa", criticou Tony Iwobi, da legenda de ultradireita Liga Norte. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
De acordo com o ministro austríaco da Defesa, Hans Peter Doskozil, em entrevista ao jornal "Kronen Zeitung", o país deve ativar "medidas de controle na fronteira" em breve. "Acredito que muito em breve haverá controles nas fronteiras e precisará do envio do Exército", disse o ministro. "As medidas serão indispensáveis se o fluxo de imigrantes da Itália não diminuir", argumentou. Ontem, um relatório das Nações Unidas apontou que são baixas as chances do fluxo imigratório se reduzir nos próximos meses.
Segundo a ONU, 85 mil pessoas desembarcaram na Itália cruzando o Mar Mediterrâneo somente neste ano, número que representa um aumento em 20% no total de 2016, que já tinha sido considerado um ano recorde para chegada de refugiados. "Esta situação não é sustentável", alertou o enviado especial da ONU para o Mediterrâneo, Vincent Cochetel. "Precisamos ter outros países, além da Itália, aceitando imigrantes e compartilhando a responsabilidade", alertou.
Em resposta à Áustria, o Ministério das Relações Exteriores da Itália convovou o embaixador austríaco em Roma, René Pollitzer, para consulta. Oposição - A oposição italiana e os partidos nacionalistas, por sua vez, criticam o governo do primeiro-ministro Paolo Gentiloni, sucessor de Matteo Renzi, ambos do esquerdista Partido Democrático (PD). Renzi e Gentiloni sempre defenderam o acolhimento de imigrantes por parte da Itália e mantiveram programas de assistência aos refugiados. Os dois, porém, exigem que a Europa também compartilhe a responsabilidade na crise imigratória, já que muitos estrangeiros desejam morar em outros países, e não na Itália. Por estar localizada no Mar Mediterrâneo, a Itália recebe diariamente milhares de embarcações de imigrantes do norte da África e do Oriente Médio, servindo de porta de entrada para a Europa. "Aconteceu exatemente o que a Liga tinha previsto. A França e a Espanha não têm nenhuma intenção de receber os refugiados em seus portos, e a Áustria está pronta para enviar seu Exército para a fronteira de Brennero. A Itália de Gentioni e Renzi está isolada na Europa", criticou Tony Iwobi, da legenda de ultradireita Liga Norte. (ANSA)
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