Nº de rohingyas refugiados em Bangladesh chega a meio milhão
NOVA YORK E ROMA, 28 SET (ANSA) - O escritório das Nações Unidas em Bangladesh afirmou nesta quinta-feira (28) que o número de membros da minoria muçulmana rohingyas refugiados no país após fugir da onda de violência em Myanmar já ultrapassou 500 mil. "Foram registradas 501,8 mil novas chegadas. Durante os últimos dois dias, houve de novo uma queda no movimento na fronteira no distrito de Cox's Bazar", indicou o Grupo de Coordenação Intersetorial da ONU em comunicado. Ao todo, há cerca de 217 mil refugiados alojados em assentamentos, enquanto que aproximadamente 192 mil estão em acampamentos pré-existentes e outros 92 mil rohingyas em comunidades de acolhida.
De acordo com o Alto Comissariano da ONU para os Refugiados, a situação dos rohingyas é "desesperada" e pode piorar caso não chegue mais ajuda humanitária na região.
"As agências continuam centradas em entregar ajuda humanitária onde as pessoas se assentaram", explicou o relatório, detalhando que atualmente há 35 organizações trabalhando na região.
Segundo a ONG "Save the Children", ao menos 14 mil crianças estão entre o número total de refugiados. Além disso, cerca de 4,5 mil apresentam sintomas de desnutrição.
"A falta de água potável e serviços sanitários criam a condição ideal para a explosão de uma epidemia. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco é altíssimo", disse em nota a ONG dedicada aos direitos das crianças. Além disso, nesta quinta, ao menos 80 refugiados morreram após um barco naufragar durante a fuga para Bangladesh. A embarcação viajava pela costa do país no distrito de Cox's Bazar quando virou. Até o momento, as autoridades recuperaram 14 cadáveres, todos de mulheres e crianças. A crise em Myanmar começou em 25 de agosto, quando várias delegacias foram atacadas por rebeldes do grupo Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA). Desde então, os militares do país perseguem e executam de forma indiscriminada qualquer muçulmano.
Pressionada para mediar a situação, a Prêmio Nobel da Paz de 1991 e conselheira de Estado, Aung San Suu Kyi se nega a reconhecer a crise. A líder, que governa "de facto" o país, comentou que "mais da metade das residências" está intacta e até convidou os estrangeiros a visitarem os locais para comprovarem a suposta normalidade da situação. Por sua vez, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos denunciou a campanha militar do país como uma "limpeza étnica de manual". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
De acordo com o Alto Comissariano da ONU para os Refugiados, a situação dos rohingyas é "desesperada" e pode piorar caso não chegue mais ajuda humanitária na região.
"As agências continuam centradas em entregar ajuda humanitária onde as pessoas se assentaram", explicou o relatório, detalhando que atualmente há 35 organizações trabalhando na região.
Segundo a ONG "Save the Children", ao menos 14 mil crianças estão entre o número total de refugiados. Além disso, cerca de 4,5 mil apresentam sintomas de desnutrição.
"A falta de água potável e serviços sanitários criam a condição ideal para a explosão de uma epidemia. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco é altíssimo", disse em nota a ONG dedicada aos direitos das crianças. Além disso, nesta quinta, ao menos 80 refugiados morreram após um barco naufragar durante a fuga para Bangladesh. A embarcação viajava pela costa do país no distrito de Cox's Bazar quando virou. Até o momento, as autoridades recuperaram 14 cadáveres, todos de mulheres e crianças. A crise em Myanmar começou em 25 de agosto, quando várias delegacias foram atacadas por rebeldes do grupo Exército de Salvação Rohingya de Arakan (ARSA). Desde então, os militares do país perseguem e executam de forma indiscriminada qualquer muçulmano.
Pressionada para mediar a situação, a Prêmio Nobel da Paz de 1991 e conselheira de Estado, Aung San Suu Kyi se nega a reconhecer a crise. A líder, que governa "de facto" o país, comentou que "mais da metade das residências" está intacta e até convidou os estrangeiros a visitarem os locais para comprovarem a suposta normalidade da situação. Por sua vez, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos denunciou a campanha militar do país como uma "limpeza étnica de manual". (ANSA)
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