Máfia controlava setores da torcida da Juventus, diz tribunal
TURIM, 29 SET (ANSA) - O Tribunal de Turim divulgou nesta sexta-feira (29) as motivações da sentença de um processo sobre os tentáculos da 'ndrangheta na região do Piemonte, na qual diz que expoentes da máfia calabresa "controlavam" setores da torcida da Juventus.
O caso foi julgado no último dia 30 de junho e terminou com as condenações de Saverio Dominello e seu filho, Rocco, tido como responsável por infiltrar a 'ndrangheta entre os chamados "ultras" bianconeri. O primeiro pegou 12 anos e um mês de prisão, e o segundo, sete anos e nove meses.
"A 'ndrangheta se impôs na torcida organizada, exercitando um verdadeiro e próprio controle sobre grupos que torcem para a Juventus", diz a sentença do Tribunal de Turim sobre o processo "Alto Piemonte" - geralmente, as motivações são divulgadas alguns meses depois da condenação.
Membro de uma organizada da Juve, Rocco Dominello liderou a inserção da máfia calabresa no lucrativo negócio de revenda de ingressos, caso que motivou uma investigação na esfera desportiva contra o presidente da Velha Senhora, Andrea Agnelli.
De acordo com o tribunal, ultras repassavam bilhetes para partidas a preços majorados e exerciam uma "relevante força intimidadora sobre o clube", porém "agiam sob controle direto" da 'ndrangheta. O inquérito contra Agnelli, conduzido pela Federação Italiana de Futebol (Figc), resultou em uma suspensão de 12 meses contra o cartola por causa de relações "não permitidas" com torcidas organizadas.
Em sua sentença, o tribunal da Figc escreveu que o presidente "ajudou e, de certa forma, endossou condutas ilícitas" para manter um "bom relacionamento" com os ultras, inclusive por meio da cessão de ingressos, mas concluiu que ele não sabia do papel mafioso de Dominello, com quem tivera contatos esporádicos.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O caso foi julgado no último dia 30 de junho e terminou com as condenações de Saverio Dominello e seu filho, Rocco, tido como responsável por infiltrar a 'ndrangheta entre os chamados "ultras" bianconeri. O primeiro pegou 12 anos e um mês de prisão, e o segundo, sete anos e nove meses.
"A 'ndrangheta se impôs na torcida organizada, exercitando um verdadeiro e próprio controle sobre grupos que torcem para a Juventus", diz a sentença do Tribunal de Turim sobre o processo "Alto Piemonte" - geralmente, as motivações são divulgadas alguns meses depois da condenação.
Membro de uma organizada da Juve, Rocco Dominello liderou a inserção da máfia calabresa no lucrativo negócio de revenda de ingressos, caso que motivou uma investigação na esfera desportiva contra o presidente da Velha Senhora, Andrea Agnelli.
De acordo com o tribunal, ultras repassavam bilhetes para partidas a preços majorados e exerciam uma "relevante força intimidadora sobre o clube", porém "agiam sob controle direto" da 'ndrangheta. O inquérito contra Agnelli, conduzido pela Federação Italiana de Futebol (Figc), resultou em uma suspensão de 12 meses contra o cartola por causa de relações "não permitidas" com torcidas organizadas.
Em sua sentença, o tribunal da Figc escreveu que o presidente "ajudou e, de certa forma, endossou condutas ilícitas" para manter um "bom relacionamento" com os ultras, inclusive por meio da cessão de ingressos, mas concluiu que ele não sabia do papel mafioso de Dominello, com quem tivera contatos esporádicos.
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