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Na África, premier italiano defende acordos sobre imigrantes

26/11/2017 10h16

TUNES, 26 NOV (ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, defendeu neste domingo (26) os acordos para frear a crise migratória firmados com a Líbia e pediu uma "aceleração" na implementação deles.   

"A Itália pede fortemente que tanto as organizações ligadas a ONU, como as ONGs internacionais aproveitem a abertura que as autoridades líbias finalmente começam a dar. Até um ano atrás, eles não queriam. Havia a impossibilidade de trabalhar sobre a repatriação voluntária e sobre os potenciais corredores humanitários na Líbia. Agora, podemos fazer isso - respeitando a soberania das autoridades", disse Gentiloni.   

A afirmação do premier italiano foi dada durante a visita que ele está fazendo pela África. Neste domingo, ele teve uma série de reuniões na Tunísia e, amanhã (27), estará em Angola.   

Na capital tunisiana, ele se reuniu também com o comissário das Nações Unidas para a Líbia, Ghassan Salamè. Durante o encontro, os dois debateram também as recentes denúncias de exploração de deslocados em campos de acolhimento na Líbia. Lá, muitas pessoas são vendidas como escravos.   

Segundo Gentiloni, as notícias de violação dos direitos humanos no país africano deixou "todo mundo traumatizado" e "precisamos agir".   

"Nós sabemos, todavia, como opinião pública italiana, que as situações de violação dos direitos humanos na Líbia ocorrem há mais de quatro anos, mas as iniciativas italianas dos últimos meses estão colocando luz sobre essa questão. Se hoje os organismos da ONU puderem intervir, precisamos colocá-los em condição de fazer isso sempre melhor e dar passos que até agora não demos", acrescentou.   

O primeiro-ministro italiano lembrou que o governo de seu país "repetidamente denunciou" as violações e a própria ONU divulgou, em fevereiro deste ano, um relatório que "falava sobre essa situação".   

Apesar de criticados por alguns organismos internacionais, os acordos da Itália com o governo de unidade da Líbia reduziram drasticamente a quantidade de imigrantes ilegais que chegavam ao país pelo Mar Mediterrâneo. (ANSA)
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