Economista antieuro trava negociações de governo na Itália
ROMA, 25 MAI (ANSA) - A insistência da Liga em indicar o professor Paolo Savona, 81 anos, como ministro de Economia e Finanças da Itália travou as negociações para dar ao país um novo governo mais de 80 dias depois das eleições.
O primeiro-ministro encarregado Giuseppe Conte tinha prometido definir seu gabinete nesta sexta-feira (25), mas a mediação entre a Liga e o Movimento 5 Estrelas (M5S), de um lado, e a Presidência da República, de outro, ainda não avançou.
Conte teve uma longa reunião com o presidente Sergio Mattarella, mas evitou indicar quando retornará ao Palácio do Quirinale com sua lista de ministros. Segundo informações de bastidores, o chefe de Estado resiste em dar o comando da economia da Itália a alguém que já comparou a Alemanha de hoje com o nazismo.
Savona, um conceituado professor próximo ao establishment político do país, já foi ministro da Indústria (1993-1994) e acredita que a União Europeia e o euro são criações de Berlim para controlar o continente.
Em um livro que será lançado nas próximas semanas, ele diz até que a Alemanha não mudou a visão sobre "seu papel na Europa depois do fim do nazismo, ainda que tenha abandonado a ideia de impô-la militarmente".
Europeísta convicto, Mattarella tem se esforçado para conter arroubos anti-UE por parte da coalizão populista, mas a nomeação de Savona poderia abrir um foco de tensão com Bruxelas. A Liga, no entanto, insiste na indicação do professor.
"Estou verdadeiramente irritado", escreveu um lacônico Matteo Salvini, secretário do partido ultranacionalista, no Facebook.
Em tempos em que a política se faz nas redes sociais, seu parceiro de governo, Luigi Di Maio, líder do M5S, "curtiu".
Salvini não citou a Presidência, mas é claro seu descontentamento com as restrições a Savona.
A nomeação para o Ministério de Economia também congelou as discussões sobre outras pastas cruciais, como Relações Exteriores, Justiça e Defesa, que estão na "cota" do Movimento 5 Estrelas. Salvini, por sua vez, deve comandar o Interior, responsável pela gestão migratória, enquanto Di Maio quer assumir um "Superministério" do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O primeiro-ministro encarregado Giuseppe Conte tinha prometido definir seu gabinete nesta sexta-feira (25), mas a mediação entre a Liga e o Movimento 5 Estrelas (M5S), de um lado, e a Presidência da República, de outro, ainda não avançou.
Conte teve uma longa reunião com o presidente Sergio Mattarella, mas evitou indicar quando retornará ao Palácio do Quirinale com sua lista de ministros. Segundo informações de bastidores, o chefe de Estado resiste em dar o comando da economia da Itália a alguém que já comparou a Alemanha de hoje com o nazismo.
Savona, um conceituado professor próximo ao establishment político do país, já foi ministro da Indústria (1993-1994) e acredita que a União Europeia e o euro são criações de Berlim para controlar o continente.
Em um livro que será lançado nas próximas semanas, ele diz até que a Alemanha não mudou a visão sobre "seu papel na Europa depois do fim do nazismo, ainda que tenha abandonado a ideia de impô-la militarmente".
Europeísta convicto, Mattarella tem se esforçado para conter arroubos anti-UE por parte da coalizão populista, mas a nomeação de Savona poderia abrir um foco de tensão com Bruxelas. A Liga, no entanto, insiste na indicação do professor.
"Estou verdadeiramente irritado", escreveu um lacônico Matteo Salvini, secretário do partido ultranacionalista, no Facebook.
Em tempos em que a política se faz nas redes sociais, seu parceiro de governo, Luigi Di Maio, líder do M5S, "curtiu".
Salvini não citou a Presidência, mas é claro seu descontentamento com as restrições a Savona.
A nomeação para o Ministério de Economia também congelou as discussões sobre outras pastas cruciais, como Relações Exteriores, Justiça e Defesa, que estão na "cota" do Movimento 5 Estrelas. Salvini, por sua vez, deve comandar o Interior, responsável pela gestão migratória, enquanto Di Maio quer assumir um "Superministério" do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico. (ANSA)
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