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MP do Paraná denuncia 7 pessoas pela morte do jogador Daniel

28/11/2018 11h15

SÃO PAULO, 28 NOV (ANSA) - O Ministério Público do Paraná denunciou sete pessoas nesta terça-feira (27) por envolvimento no assassinato do jogador Daniel Corrêa, encontrado morto há um mês em um matagal em São José dos Pinhais (PR).   


Além da família Brittes (Edison, Cristiana e Allana), outras quatro pessoas foram denunciadas pelo promotor João Milton Salles, responsável pelo caso do ex-meio-campista do São Paulo: Evellyn Brisola Perusso, Ygor King, David Vollero e Eduardo Henrique Ribeiro da Silva.   


Os sete são acusados por crimes como homicídio, ocultação de cadáver, fraude processual, coação de testemunha, corrupção de menor e denunciação caluniosa. A grande novidade da investigação é a denúncia contra Evellyn Brisola, de 19 anos, que teria tido um affair com Daniel horas antes de sua morte. De acordo com a promotoria, a jovem ajudou os suspeitos a limparem o sangue do jogador e mentiu em seu depoimento à polícia.   


"Houve uma tentativa de se imputar crimes a terceiros que sabidamente não participaram. Foi uma tentativa de atrapalhar a investigação. Aí culminou no crime de falso testemunho", explicou Salles. O objetivo do promotor é transformar a prisão dos sete envolvidos em preventiva, já que eles poderiam tentar atrapalhar o curso do inquérito ou intimidar testemunhas do crime.   


Caso - Daniel foi morto no dia 27 de outubro, após ter participado da festa de aniversário de 18 anos de Allana, em uma boate de Curitiba. Toda a confusão começou no "after party" realizado na casa da família Brittes.   


O jogador, que atuava no São Bento, de Sorocaba (SP), foi espancado na residência após ter sido flagrado na cama com Cristiana, esposa de Edison, também conhecido como "Juninho Riqueza".   


Segundo a investigação, o atleta de 24 anos foi colocado desfalecido no porta-malas do carro da família, um Hyundai Veloster preto, e levado para um matagal de São José dos Pinhais. Horas depois, o corpo de Daniel foi encontrado com o pênis decepado e um corte profundo no pescoço.   


Edison confessou ter matado Daniel e alegou que o jogador teria tentado estuprar sua esposa, mas a versão do autor do crime foi descartada pelo Ministério Público e pela polícia.   


Natural de Juiz de Fora, em Minas Gerais, Daniel foi revelado pelo Cruzeiro e teve passagens por Botafogo, São Paulo, Coritiba, Ponte Preta e São Bento, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. (ANSA)
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