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Bolsonaro confirma participação na COP25, no Chile

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) teve uma reunião bilateral com o presidente do Chile, Sebastián Piñera - Reprodução/NBR
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) teve uma reunião bilateral com o presidente do Chile, Sebastián Piñera Imagem: Reprodução/NBR

23/03/2019 13h25

Após o Brasil ter desistido de sediar a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019, a COP25, o presidente Jair Bolsonaro confirmou neste sábado (23), durante visita a Santiago, no Chile, que participará do evento.

A desistência havia sido anunciada em dezembro passado, ainda no mandato de Michel Temer, e teve o apoio do novo governo. Na sequência, o presidente chileno, Sebastián Piñera, ofereceu sua capital para sediar o evento, que acontece de 11 a 22 de novembro.

"Quero agradecer a vossa excelência por ter abraçado a COP25.

Compareceremos com muita satisfação à COP25 e, com toda a certeza, todos ganharão. Muito obrigado por ter aceitado a incumbência", disse Bolsonaro, em um pronunciamento conjunto com Piñera.

Segundo o presidente, o governo brasileiro não podia assinar um acordo no qual os objetivos eram "impossíveis de serem atingidos". "O Brasil nada deve ao mundo no tocante da preservação do meio ambiente. Temos essa preocupação, mas, juntamente com ela, temos a preocupação com o desenvolvimento", acrescentou.

Bolsonaro ainda alertou para o risco de a Amazônia ser "internacionalizada" e disse que o governo se preocupa em manter a floresta sob seu domínio. Recentemente, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, admitiu que o governo está preocupado com o Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, assembleia convocada pelo papa Francisco para discutir a preservação da floresta.

Antes do pronunciamento, Bolsonaro e Piñera tiveram uma reunião a portas fechadas no Palácio de La Moneda. No encontro bilateral, eles discutiram o acordo de livre comércio assinado em novembro passado, que ainda aguarda aprovação do Congresso. A visita ao Chile também foi marcada pela criação do Prosul, novo foro de discussão dos países sul-americanos e que tem como um dos objetivos isolar a Venezuela. A próxima viagem internacional do presidente será para Israel. (ANSA)