'Direita é violenta e injusta', diz arcebispo de Aparecida
SÃO PAULO, 12 OUT (ANSA) - Em meio às tensões entre Brasil e Vaticano por conta do Sínodo dos Bispos dedicado à Amazônia, o sermão do arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, pelo dia que celebra a padroeira do país foi marcado por um forte tom político.
Brandes presidiu na manhã deste sábado (12) uma missa em comemoração pelo dia de Nossa Senhora Aparecida e tratou de temas como aborto, suicídio, desemprego e corrupção, além de ter tecido críticas à direita.
Em sua homilia na Basílica de Aparecida, o arcebispo também defendeu o Sínodo da Amazônia e afirmou que o mundo precisa da "vida ecológica, da vida natural e da casa comum". "Bendito seja o Sínodo da Amazônia, que está pensando na vida daquelas árvores, daqueles rios, daqueles pássaros, mas principalmente daquelas populações", disse.
Em determinado momento, Brandes atacou o "dragão do tradicionalismo" e chamou a direita de "violenta e injusta".
"Estamos fuzilando o Papa, o Sínodo, o Concílio Vaticano Segundo. Parece que não queremos vida, porque ninguém duvida que essa é a grande razão do Sínodo, do Concílio, deste santuário, a não ser a vida", declarou.
O Papa é alvo de ataques da direita ultranacionalista em diversos países do mundo, como Estados Unidos, Brasil e Itália, e também enfrenta resistência dentro do clero. Um cardeal americano, Raymond Burke, chegou a convocar 40 dias de jejum contra o Sínodo da Amazônia, o qual ele acusa de promover "heresias".
A oposição a Francisco está ligada à sua preocupação com igualdade social e preservação da natureza, mas também à sua postura de não condenar homossexuais e divorciados. As declarações de Brandes foram dadas poucas horas antes de um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, que visitará Aparecida por ocasião do dia da padroeira.
Segundo o portal G1, o arcebispo alegou depois da missa que, ao criticar a "direita", se referia à ideologia, e não a governos.
"Todo mundo sabe o que é direita, nós temos muitas pessoas que não aceitam o Vaticano, o Papa, por visão tradicionalista.
Sempre houve na igreja a ideologia de esquerda e a ideologia de direita, e nós não podemos ser ideológicos, precisamos ser pessoas da verdade", disse. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Brandes presidiu na manhã deste sábado (12) uma missa em comemoração pelo dia de Nossa Senhora Aparecida e tratou de temas como aborto, suicídio, desemprego e corrupção, além de ter tecido críticas à direita.
Em sua homilia na Basílica de Aparecida, o arcebispo também defendeu o Sínodo da Amazônia e afirmou que o mundo precisa da "vida ecológica, da vida natural e da casa comum". "Bendito seja o Sínodo da Amazônia, que está pensando na vida daquelas árvores, daqueles rios, daqueles pássaros, mas principalmente daquelas populações", disse.
Em determinado momento, Brandes atacou o "dragão do tradicionalismo" e chamou a direita de "violenta e injusta".
"Estamos fuzilando o Papa, o Sínodo, o Concílio Vaticano Segundo. Parece que não queremos vida, porque ninguém duvida que essa é a grande razão do Sínodo, do Concílio, deste santuário, a não ser a vida", declarou.
O Papa é alvo de ataques da direita ultranacionalista em diversos países do mundo, como Estados Unidos, Brasil e Itália, e também enfrenta resistência dentro do clero. Um cardeal americano, Raymond Burke, chegou a convocar 40 dias de jejum contra o Sínodo da Amazônia, o qual ele acusa de promover "heresias".
A oposição a Francisco está ligada à sua preocupação com igualdade social e preservação da natureza, mas também à sua postura de não condenar homossexuais e divorciados. As declarações de Brandes foram dadas poucas horas antes de um encontro com o presidente Jair Bolsonaro, que visitará Aparecida por ocasião do dia da padroeira.
Segundo o portal G1, o arcebispo alegou depois da missa que, ao criticar a "direita", se referia à ideologia, e não a governos.
"Todo mundo sabe o que é direita, nós temos muitas pessoas que não aceitam o Vaticano, o Papa, por visão tradicionalista.
Sempre houve na igreja a ideologia de esquerda e a ideologia de direita, e nós não podemos ser ideológicos, precisamos ser pessoas da verdade", disse. (ANSA)
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