Protestos no Irã deixam mais de 10 mortos
ISTAMBUL, 18 NOV (ANSA) - Ao menos 12 pessoas já morreram na repressão a manifestações contra a decisão do governo do Irã de cancelar subsídios ao preço da gasolina.
O balanço foi passado à rede britânica BBC por "fontes oficiais" de Teerã. Grupos de ativistas, no entanto, falam em até 40 vítimas nos protestos.
A mobilização começou na última sexta-feira (15), após o governo ter anunciado o fim dos subsídios ao preço da gasolina e um racionamento de combustível.
A medida aumentou o valor do litro de gasolina de 10 mil para 15 mil rials, o que equivale a US$ 0,13. Além disso, cada carro poderá colocar no máximo 60 litros por mês. O governo alega que o objetivo é financiar programas sociais e já prometeu o pagamento de subsídios para 60 milhões de pessoas até o fim da semana - a população do país é de 81 milhões de habitantes.
Os protestos chegam no momento em que o governo já estava sob pressão por conta das dificuldades em impulsionar a economia iraniana, estrangulada pelas sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos. Desde a ruptura do acordo nuclear por parte de Donald Trump, a moeda do Irã já se desvalorizou quase 300% frente ao dólar americano.
A Guarda Revolucionária afirmou nesta segunda-feira (18) que está pronta a "reagir com força a qualquer ação que crie insegurança no país", além de culpar "funcionários dos EUA" e a "ignóbil família do xá deposto Mohammad Reza Pahlavi" pela violência nas manifestações.
Os iranianos também têm tido dificuldades para navegar na internet, o que sugere uma ação das autoridades para limitar a repercussão das manifestações. Novos protestos aconteceram nesta segunda-feira, em cidades como Teerã, Shiraz e Isfahan, mas o governo diz que a situação está "mais calma".
"Ainda há desordens marginais, mas entre amanhã e depois de amanhã não teremos mais problemas", afirmou o porta-voz Ali Rabiei. As manifestações acontecem em meio à tensão social que chacoalhou a região a partir de meados de outubro, com protestos de massa no Líbano e no Iraque, dois países centrais na política externa iraniana.
Por meio de um comunicado, o governo dos EUA expressou apoio aos protestos contra o regime no Irã e condenou o uso de força letal contra os manifestantes. "É mais um exemplo do que acontece quando a classe no poder abandona seu povo e abraça uma cruzada por poder pessoal e riqueza", acrescentou a Casa Branca. Já Teerã acusou Washington de "ingerência". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O balanço foi passado à rede britânica BBC por "fontes oficiais" de Teerã. Grupos de ativistas, no entanto, falam em até 40 vítimas nos protestos.
A mobilização começou na última sexta-feira (15), após o governo ter anunciado o fim dos subsídios ao preço da gasolina e um racionamento de combustível.
A medida aumentou o valor do litro de gasolina de 10 mil para 15 mil rials, o que equivale a US$ 0,13. Além disso, cada carro poderá colocar no máximo 60 litros por mês. O governo alega que o objetivo é financiar programas sociais e já prometeu o pagamento de subsídios para 60 milhões de pessoas até o fim da semana - a população do país é de 81 milhões de habitantes.
Os protestos chegam no momento em que o governo já estava sob pressão por conta das dificuldades em impulsionar a economia iraniana, estrangulada pelas sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos. Desde a ruptura do acordo nuclear por parte de Donald Trump, a moeda do Irã já se desvalorizou quase 300% frente ao dólar americano.
A Guarda Revolucionária afirmou nesta segunda-feira (18) que está pronta a "reagir com força a qualquer ação que crie insegurança no país", além de culpar "funcionários dos EUA" e a "ignóbil família do xá deposto Mohammad Reza Pahlavi" pela violência nas manifestações.
Os iranianos também têm tido dificuldades para navegar na internet, o que sugere uma ação das autoridades para limitar a repercussão das manifestações. Novos protestos aconteceram nesta segunda-feira, em cidades como Teerã, Shiraz e Isfahan, mas o governo diz que a situação está "mais calma".
"Ainda há desordens marginais, mas entre amanhã e depois de amanhã não teremos mais problemas", afirmou o porta-voz Ali Rabiei. As manifestações acontecem em meio à tensão social que chacoalhou a região a partir de meados de outubro, com protestos de massa no Líbano e no Iraque, dois países centrais na política externa iraniana.
Por meio de um comunicado, o governo dos EUA expressou apoio aos protestos contra o regime no Irã e condenou o uso de força letal contra os manifestantes. "É mais um exemplo do que acontece quando a classe no poder abandona seu povo e abraça uma cruzada por poder pessoal e riqueza", acrescentou a Casa Branca. Já Teerã acusou Washington de "ingerência". (ANSA)
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