Morre um dos últimos sobreviventes italianos de Auschwitz
ROMA, 20 DEZ (ANSA) - Nedo Fiano, um dos últimos sobreviventes italianos do campo de concentração nazista de Auschwitz, morreu em Milão, aos 95 anos. A causa da morte do italiano, que é pai do deputado do Partido Democrata, Emanuele Fiano, não foi revelada. "Papai nos deixou. Suas palavras e seus ensinamentos, seu otimismo e sua vontade de viver ficarão para sempre", escreveu Fiano no Facebook, relatando a morte de seu pai. "Jamais terei a força que ele teve e que o fez subir do abismo, mas com ele aprendi que pelas lutas da vida e contra todo ódio devemos sempre lutar. Isso nos ensinou a memória que ele ajudou a espalhar .Que a terra que o acolhe seja luz para o papai e que a sua mão nos proteja sempre sobre nós", acrescentou o deputado.
Nascido em Florença em 1925, Nedo foi preso em 6 de fevereiro de 1944 pela polícia fascista enquanto passava pela via Cavour, no centro da capital toscana, e levado para o campo de Fossoli, povoado de Carpi, na Emilia-Romagna. Em 16 de maio do mesmo ano, ele foi deportado para Auschwitz junto com toda sua família. De todos os parentes, Nedo foi o único sobrevivente. Ele foi libertado no campo de Buchenwald.
Órfão aos 18 anos, ficou profundamente marcado pela experiência do campo de concentração. Apesar disso, o italiano tentou seguir em frente e se formou na Universidade de Bocconi, aos 43 anos, cumprindo uma promessa que havia feito à sua mãe. A sua intensa atividade como escritor e testemunha do Holocausto o garantiu diversas homenagens e honrarias, entre elas o "Ambrogino d'Oro", concedido pela Câmara Municipal de Milão, a mais alta distinção da cidade. Protagonista de diversos documentários para a TV, Nedo foi também um dos consultores do ator italiano Roberto Benigni no filme "A vida é bela". "O meu coração chora. Ele teve a força de contar o horror a gerações inteiras. Um exemplo de vida para todos nós. Um abraço a Emanuele Fiano e à família da comunidade Judeu de Roma", lamentou a presidente da comunidade judaica de Roma, Ruth Dureghello. Diversos políticos italianos também prestaram homenagem ao sobrevivente de Auschwitz, incluindo o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte. "Com a morte de Nedo Fiano perdemos um dos últimos sobreviventes do horror do Holocausto, uma testemunha apaixonada e preciosa de uma das páginas mais negras da história da humanidade. Um pensamento comovente e uma proximidade compartilhada com seu filho Emanuele e seus entes queridos", escreveu o premiê no Twitter. Já o governador da região do Lazio e secretário do Partido Democrata, Nicola Zingaretti, afirmou que "a partir de hoje o mundo está mais pobre". (ANSA).
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Nascido em Florença em 1925, Nedo foi preso em 6 de fevereiro de 1944 pela polícia fascista enquanto passava pela via Cavour, no centro da capital toscana, e levado para o campo de Fossoli, povoado de Carpi, na Emilia-Romagna. Em 16 de maio do mesmo ano, ele foi deportado para Auschwitz junto com toda sua família. De todos os parentes, Nedo foi o único sobrevivente. Ele foi libertado no campo de Buchenwald.
Órfão aos 18 anos, ficou profundamente marcado pela experiência do campo de concentração. Apesar disso, o italiano tentou seguir em frente e se formou na Universidade de Bocconi, aos 43 anos, cumprindo uma promessa que havia feito à sua mãe. A sua intensa atividade como escritor e testemunha do Holocausto o garantiu diversas homenagens e honrarias, entre elas o "Ambrogino d'Oro", concedido pela Câmara Municipal de Milão, a mais alta distinção da cidade. Protagonista de diversos documentários para a TV, Nedo foi também um dos consultores do ator italiano Roberto Benigni no filme "A vida é bela". "O meu coração chora. Ele teve a força de contar o horror a gerações inteiras. Um exemplo de vida para todos nós. Um abraço a Emanuele Fiano e à família da comunidade Judeu de Roma", lamentou a presidente da comunidade judaica de Roma, Ruth Dureghello. Diversos políticos italianos também prestaram homenagem ao sobrevivente de Auschwitz, incluindo o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte. "Com a morte de Nedo Fiano perdemos um dos últimos sobreviventes do horror do Holocausto, uma testemunha apaixonada e preciosa de uma das páginas mais negras da história da humanidade. Um pensamento comovente e uma proximidade compartilhada com seu filho Emanuele e seus entes queridos", escreveu o premiê no Twitter. Já o governador da região do Lazio e secretário do Partido Democrata, Nicola Zingaretti, afirmou que "a partir de hoje o mundo está mais pobre". (ANSA).
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