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Chuvas no RS: Imagens de drones mostram inundação em ruas de Porto Alegre

Imagens aéreas mostram o cais Mauá e as ruas do centro histórico de Porto Alegre alagadas após o Guaíba transbordar. Chuvas atingem mais de cem cidades do Rio Grande do Sul desde sábado (27).

O que aconteceu

A Defesa do Civil do Rio Grande do Sul emitiu alerta para "inundação extrema" no Guaíba. O prefeito Sebastião Melo (MDB) informou que o portão 14 do sistema contra inundações se rompeu nesta sexta-feira (3) - ele fica localizado no encontro das avenidas Sertório e Voluntários da Pátria.

Nível do Guaíba pode ultrapassar cinco metros nas próximas horas. Pela manhã, o rio chegou a 3,7 metros, de acordo com medição do governo estadual, segundo registro da Sema (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura) às 9h15.

Ao menos 39 pessoas morreram no estado. Outras 68 estão desaparecidas, centenas ilhados e milhares de desabrigados.

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Entenda a situação das chuvas no RS

Um rio atmosférico persistente é o responsável por agravar a situação das chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo o Metsul, o corredor de umidade, que ainda deve durar vários dias, está "transportando grande quantidade de umidade da região amazônica pelo interior do continente até o território gaúcho".

Fenômeno climático, também conhecido como "rio voador", ajuda a explicar tragédias no Brasil. Assim como a água corre na superfície, também existem fluxos massivos de água nos céus. Na América do Sul, um desses enormes corredores de umidade atmosférica vai justamente da região amazônica até o Centro-Sul do Brasil.

Esse "rio voador" carrega parte da água que evapora no norte para outras partes do território nacional. Então, parte dessa umidade cai como chuva. Combinado com ventos de alta velocidade, o ar úmido produz chuva pesada e até neve — a depender da região no mundo em que acontece. Esses eventos extremos de precipitação podem levar a chuvas repentinas e intensas, causando danos catastróficos à sociedade.

Dados indicam que este rio atmosférico seguirá atuando entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai durante grande parte desta primeira semana de maio, ainda de acordo com o Metsul. O instituto de meteorologia reforça ainda sobre a formação de "fortes a intensas áreas de instabilidade com volumes de chuva excessivos e temporais isolados com granizo e vendavais".

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