Variante brasileira é identificada em 8 países, alerta OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta quarta-feira (27) que a cepa brasileira do coronavírus Sars-CoV-2 já se espalhou por pelo menos oito países.
Em sua última atualização epidemiológica, a agência informou que a variante está se disseminando e isso gera uma "preocupação" sobre a possibilidade de a mutação P.1, como é identificada, levar a uma maior transmissibilidade da Covid-19.
A OMS ainda explicou que no Brasil, onde a variante foi inicialmente identificada além da detecção em um grupo de viajantes do Brasil para o Japão, o número de novos casos semanais nas últimas duas semanas é relatado em níveis mais elevados em comparação com o de setembro a novembro de 2020".
Além disso, o texto enfatiza que "as novas mortes semanais aumentaram desde o início de novembro" do ano passado. "Os maiores casos semanais desde o início da pandemia foram relatados na semana que começou em 11 de janeiro de 2021", advertiu.
Segundo o informe, a partir de investigações preliminares feitas em Manaus, no Amazonas, foi registrado um aumento na proporção de infecções pela mutação - de 52,2% em dezembro de 2020, para 85,4% em janeiro de 2021.
O relatório destaca a transmissão local em andamento da variante e a preocupação dela ser mais transmissível ou ser propensa a reinfecção.
Por fim, a OMS afirma que são necessários estudos adicionais "para avaliar se há mudanças na transmissibilidade, gravidade ou atividade neutralizadora de anticorpos como resultado destas novas variantes".
A cepa brasileira, identificada inicialmente no Amazonas, já foi registrada na cidade de São Paulo e em diversos países, como Itália, Estados Unidos, Alemanha e Japão. Além dela, existem outras duas: a britânica e a sul-africana. A primeira já foi detectada em 70 países e a segunda está presente em pelo menos 31 nações, conforme dados da OMS.
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