Boris Johnson defende regras na fronteira do Reino Unido contra cepa brasileira
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, defendeu hoje medidas rígidas para evitar a propagação da variante brasileira do coronavírus Sars-CoV-2 no país.
Em entrevista à imprensa britânica durante visita à cidade de Stoke-on-Trent, no centro da Inglaterra, o premiê enfatizou a necessidade do governo de adotar uma política fronteiriça, que inclui a proibição de voos provenientes de país em risco e a obrigação do cumprimento de quarentenas.
A declaração foi dada no momento em que as autoridades sanitárias confirmaram seis casos de infecção pela cepa brasileira em pessoas que entraram no país antes do dia 15 de fevereiro.
Os profissionais de saúde britânicos ainda procuram uma das pessoas contaminadas, que utilizou um kit de teste, mas não preencheu o formulário de registro corretamente. O governo, inclusive, lançou um apelo para achar quem importou o vírus.
O caso provocou polêmica no Reino Unido, principalmente porque o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, acusou Johnson de não ter protegido as fronteiras e de ter sido lento na aplicação de alguma estratégia.
"A busca pelo indivíduo infectado demonstrou a lentidão do governo em fechar até as principais rotas" afirmou Starmer, acrescentando que "não protegemos nossas fronteiras da maneira que deveríamos".
O premiê britânico, no entanto, insistiu que a política fronteiriça no país é efetiva e exige um resultado negativo feito no máximo 72 horas antes da partida e depois da chegada ao país, além do visitante ter que se isolar por 10 dias. "Temos um dos regimes de fronteira mais duros do mundo", garantiu.
Nesta segunda, outras 104 mortes e 5.455 novos casos foram registrados em todo o Reino Unido. Embora os números sejam geralmente mais baixos no início da semana devido a atrasos nos relatórios, os casos caíram 49% em comparação com a segunda-feira passada.
Até agora, mais de 20,2 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina anti-covid, de acordo com os últimos dados do governo, que está preocupado sobre a possível resistência das variante às vacinas atuais.
A mutação brasileira teria surgido em Manaus, na Amazônia, e seria mais transmissível que o Sars-CoV-2 original, porém não necessariamente mais letal.
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