Itália tem maior número de mortes por covid-19 desde janeiro
SÃO PAULO, 16 MAR (ANSA) - Em meio a uma "terceira onda" da pandemia e com parte da vacinação paralisada por investigações sobre o imunizante da AstraZeneca, a Itália registrou nesta terça-feira (16) o maior número de óbitos diários por Covid desde o fim de janeiro.
Segundo balanço do Ministério da Saúde, foram contabilizadas 502 mortes em 24 horas, maior cifra desde 26 de janeiro, quando ocorreram 541 falecimentos. Agora o país totaliza 103.001 vítimas da Covid-19 e tem a oitava maior taxa de mortalidade no mundo, com 170 óbitos para cada 100 mil habitantes, segundo a Universidade Johns Hopkins.
O boletim oficial também contabiliza 20.396 novos casos, elevando o total de pessoas já infectadas para 3.258.770. A Itália ainda registra 2.619.654 curados e 536.115 casos ativos - o país não tinha tantas pessoas simultaneamente contaminadas desde 18 de janeiro, quando o balanço registrava 547.058 casos ativos.
Até o momento, 4,8 milhões de indivíduos foram vacinados, sendo que 2,1 milhões receberam as duas doses, 3,5% da população nacional. No entanto, a Itália está usando apenas as fórmulas da Pfizer e da Moderna desde a última segunda-feira (15), quando suspendeu a da AstraZeneca devido ao surgimento de casos graves de coagulação sanguínea.
A Agência Europeia de Medicamentos, no entanto, afirma que os benefícios da vacina superam os riscos e que não há, neste momento, nenhum nexo de causalidade entre o imunizante e os problemas de coágulos relatados.
Atualmente, 71,5% da população italiana vive em regime de lockdown para conter a disseminação do vírus, incluindo cidades como Roma, Milão, Nápoles, Turim e Veneza.
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