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Novo estudo russo indica que Sputnik V tem 97,6% de eficácia

Segundo a nova pesquisa, de 3,8 milhões de russos vacinados entre 5 de dezembro de 2020 e 31 de março deste ano, a taxa de infecção registrada a partir do 35º dia da data da primeira dose foi de apenas 0,027%, em comparação com a incidência de 1,1% entre os não vacinados na população adulta - Luís Lima Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo
Segundo a nova pesquisa, de 3,8 milhões de russos vacinados entre 5 de dezembro de 2020 e 31 de março deste ano, a taxa de infecção registrada a partir do 35º dia da data da primeira dose foi de apenas 0,027%, em comparação com a incidência de 1,1% entre os não vacinados na população adulta Imagem: Luís Lima Jr./Fotoarena/Estadão Conteúdo

19/04/2021 17h20

SÃO PAULO, 19 ABR (ANSA) - Um novo estudo realizado pelo Instituto russo de pesquisa Gamaleya e o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) revelou nesta segunda-feira (19) que a vacina Sputnik V tem eficácia de 97,6% contra o novo coronavírus.

Os dados ainda não foram publicados em nenhuma revista científica, mas indicam uma taxa maior da apresentada na pesquisa publicada na "The Lancet", que apontou eficácia de 91,6% do imunizante, chegando a 100% contra casos moderados e graves da Covid-19.

Segundo a nova pesquisa, de 3,8 milhões de russos vacinados entre 5 de dezembro de 2020 e 31 de março deste ano, a taxa de infecção registrada a partir do 35º dia da data da primeira dose foi de apenas 0,027%, em comparação com a incidência de 1,1% entre os não vacinados na população adulta.

"A vacina Sputnik V demonstrou eficácia de 97,6%, com base na análise de dados sobre a taxa de infecção do coronavírus entre os russos imunizados com os dois componentes", diz o comunicado.

De acordo com o instituto, as informações ainda serão revisadas por outros cientistas. A expectativa é de o estudo seja publicado em uma revista médica em maio.

Para Alexander Gintsburg, diretor do Instituto de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, a real eficácia da vacina russa anti-Covid pode ser ainda maior do que os resultados das análises demonstram, "uma vez que os dados do sistema de registro de casos permitem um lapso de tempo entre a coleta da amostra (data real da doença) e o diagnóstico".

Conforme dados do Gamaleya, a Sputnik V já foi aprovada para uso em pelo menos 60 países e ocupa o segundo lugar entre as vacinas contra o coronavírus em todo o mundo em termos de número de autorizações emitidas.