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Esporte proporciona 'verão dos sonhos' para italianos

24/09/2021 14h38

SÃO PAULO, 24 SET (ANSA) - Por Renan Tanandone - O esporte italiano arrancou sorrisos dos torcedores ao proporcionar um "verão dos sonhos" em 2021, com vitórias nas quadras, nos campos, nas piscinas e nas pistas.   


Após meses de sofrimento por causa da pandemia do novo coronavírus, a Itália viu o período de reabertura no país, a partir de junho, coincidir com o verão no Hemisfério Norte e com uma série de competições esportivas que levaram o "azzurro" no topo.   


A primeira delas foi a Eurocopa de futebol masculino, que teve o primeiro título da Itália no torneio desde 1968. Os comandados de Roberto Mancini superaram seleções como Bélgica e Espanha no mata-mata e colocaram as mãos no caneco ao derrotar a Inglaterra nos pênaltis.   


As partidas da Azzurra na Euro foram acompanhadas por festas da torcida pelas ruas da Itália, e a seleção ainda foi recebida por uma multidão com um desfile em carro aberto em Roma.   


O italiano Lucas Xhaferri, que vive em Brescia, no norte do país, afirmou que o esporte ajudou o país a deixar para trás os problemas causados pela pandemia.   


"Voltamos a assistir aos jogos da seleção italiana juntos no bar, em casa ou até nos estádios, já que as primeiras três partidas foram em Roma. Os outros esportes tiveram um impacto menor do que o futebol, mas todos nós ficamos felizes pelas conquistas dos atletas olímpicos", conta Xhaferri, em entrevista à ANSA.   


E não foram poucas as conquistas da Itália nos Jogos de Tóquio.   


Nas Olimpíadas, o país bateu recorde de medalhas em uma única edição, com 40 (10 de ouro, 10 de prata e 20 de bronze), incluindo o triunfo de Marcell Jacobs, que surpreendeu o mundo ao vencer os 100 metros rasos com o novo recorde italiano e europeu (9s80).   


Minutos antes, a Itália já havia vencido o ouro com Gianmarco Tamberi no salto em altura, após uma trajetória de superação vivida pelo atleta em função de uma lesão às vésperas da Rio 2016.   


Já nas Paralimpíadas, a Itália subiu ao pódio 69 vezes, com 14 ouros, 29 pratas e 26 bronzes. A natação foi o carro-chefe da delegação azzurra, com 39 medalhas.   


Passando para as quadras, o vôlei italiano não foi muito bem no Japão, mas se reergueu e venceu os campeonatos europeus feminino e masculino, em setembro. Já no tênis, Camila Giorgi faturou o título do prestigioso WTA 1000 de Montreal, no Canadá, em agosto.   


"A Itália sempre foi um país de tradição esportiva e vai continuar produzindo bons atletas. Não é algo novo. Essa alta é apenas a consequência de anos e anos de investimento, treino e dedicação. Se vamos estabelecer novos recordes nas próximas Olimpíadas, não sei, mas claro que as últimas medalhas nos incentivam", comenta Xhaferri.   


A capacidade da Itália de produzir novos campeões será testada novamente no início do ano que vem, com os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, competição que já rendeu muitas conquistas para o país no passado. (ANSA).   


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