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Tenista chinesa desaparece após acusar político de abuso sexual

17/11/2021 10h28

ROMA, 17 NOV (ANSA) - O desaparecimento de Peng Shuai, uma das grandes estrelas do tênis da China, vem mobilizando o mundo do esporte. A Associação de Tênis Feminino (WTA) e atletas como Naomi Osaka pediram explicações sobre o caso e saíram em defesa da chinesa.   


A tenista teria desaparecido pouco tempo depois de acusar o ex-vice-premiê Zhang Gaoli, um importante político do Partido Comunista da China, de tê-la agredido sexualmente. Seu relato, no entanto, foi excluído da rede social Weibo, que é uma espécie de Twitter do país asiático.   


Em sua publicação, Shuai afirmou que foi "forçada" a manter relações sexuais com Gaoli e que estava "muito assustada". A tenista ainda reforçou que teve um relacionamento com o político e que a esposa de Zhang sabia do caso.   


Desde então, Shuai não publicou mais nada nas redes sociais e todas as menções ao tema foram bloqueadas. As ferramentas de busca também não mostram nenhum resultado para os nomes do político e da tenista na China.   


Osaka, uma das grandes estrelas do tênis mundial, saiu em defesa da chinesa em um post nas redes sociais. Ela ainda usou a hashtag #WhereIsPengShuai (#OndeEstáPengShuai), que viralizou na internet.   


"Não sei se vocês viram as notícias, mas fui informada de que uma jogadora de tênis desapareceu depois de revelar que era abusada sexualmente. Espero que Peng Shuai e a sua família estejam bem e em segurança. Estou em choque com o que está acontecendo e envio amor e luz para ela", escreveu a japonesa.   


Steve Simon, diretor-executivo da WTA, pediu que seja realizada uma investigação completa sobre a situação. Já Andrea Gaudenzi, presidente da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), revelou está "preocupado com a incerteza em torno da segurança" da chinesa.   


"Não há nada mais importante para nós do que a segurança da nossa comunidade. Estamos profundamente preocupados com a incerteza em torno da segurança imediata e do paradeiro da jogadora Peng Shuai", disse Gaudenzi em um comunicado.   


A ex-tenista norte-americana Chris Evert, detentora de 18 títulos de Grand Slam ao longo da carreira, comentou que as acusações feitas por Shuai são "graves" e "inquietantes". A francesa Alizé Cornet e o britânico Liam Broady também divulgaram mensagens de apoio.   


Aos 35 anos de idade, Shuai foi líder do ranking mundial de duplas e venceu em Wimbledon e Roland Garros na categoria.   


(ANSA).   


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