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Ucranianos acusam Rússia de fazer 'nova Mariupol' em Mykolaiv

20/04/2022 09h10

ROMA, 20 ABR (ANSA) - Autoridades de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, estão acusando a Rússia de querer criar uma "nova Mariupol" na cidade, atacando o fornecimento de infraestruturas civis para forçar uma rendição dos militares que defendem o local.   

"Os militares querem que aqui seja uma segunda Mariupol. Não temos mais água por causa dos bombardeios nas estruturas vitais para a população e agora estão tentando fazer isso com a eletricidade", disse o assessor de comunicação da prefeitura, Dmytro Pletenchuk, ao enviado da ANSA.   

Mykolaiv, capital de uma região homônima, foi muito atacada durante esta quarta-feira (20) e o prefeito local, Oleksandr Senkevich, pediu para que os cidadãos se escondam em refúgios contra ataques aéreos, conforme informou o jornal "Kyiv Independent".   

Já o portal Ukrinform, citando fontes locais, disse que os ataques desta quarta destruíram o principal hospital da cidade.   

A cidade ucraniana fica próxima ao Mar Negro e é um dos alvos da nova ofensiva russa ao longo de um fronte de 480 quilômetros de extensão para separar o Donbass, que inclui as regiões de Donetsk e Lugansk, de Kiev. Os russos iniciaram os ataques mais pesados nessa região há dois dias após desistirem de tomar todo o território do país.   

Já Mariupol é um dos cenários mais dramáticos da guerra na Ucrânia. Sitiada por militares russos desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, teve mais de 90% de suas construções destruídas em ataques. Além disso, mais de 100 mil moradores não conseguiram fugir do conflito e ficaram sem acesso constante a suprimentos básicos para sobreviver, como água, alimentos e remédios.   

Atualmente, a cidade portuária no Mar de Azov tem apenas um ponto de resistência ucraniana, na área da siderúrgica Azovstal, onde também há um número impreciso de civis, incluindo mulheres e crianças. Além das mortes provocadas pela guerra, Kiev denuncia que milhares de cidadãos foram levados à força para cidades russas e perderam todos os seus documentos nacionais.   

(ANSA).   

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