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Milícia relata mais de 30 ataques contra siderúrgica em Mariupol

26/04/2022 10h53

ROMA, 26 ABR (ANSA) - A milícia ucraniana de extrema direita Batalhão de Azov denunciou mais de 30 ataques aéreos da Rússia contra o complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol.   

Em seu canal no Telegram, o grupo paramilitar disse que a indústria foi atacada pelo menos 35 vezes desde a última segunda-feira (25), apesar de a Rússia ter anunciado um cessar-fogo unilateral para evacuar os civis escondidos no local.   

De acordo com o Batalhão de Azov, há diversas pessoas feridas e presas sob os escombros. Imagens de televisão também mostraram uma densa nuvem de fumaça negra saindo da siderúrgica.   

A Azovstal é o último reduto da resistência ucraniana em Mariupol, cidade portuária que, na prática, já é controlada pela Rússia. De acordo com a prefeitura, mais de mil civis estão escondidos na extensa rede de túneis subterrâneos da indústria, que também abriga militares e combatentes do Batalhão de Azov.   

De acordo com o líder da autoproclamada República de Donetsk, Denis Pushilin, estão em curso negociações para definir os termos de uma eventual rendição.   

"Eles não confiam muito em Kiev. Em seus pedidos recentes, solicitaram ir para a Turquia ao invés de ser evacuados para áreas controladas pela Ucrânia. Essa é uma das opções. Eles têm intenção de entregar as armas", disse Pushilin.   

No entanto, a Rússia já deu vários ultimatos para a rendição dos combatentes remanescentes na Azovstal, todos eles ignorados.   

Mariupol é uma das cidades mais importantes de Donetsk e é crucial para o objetivo de Moscou de estabelecer uma conexão terrestre entre a Crimeia anexada e os territórios rebeldes no leste da Ucrânia. (ANSA).   

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