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Berlusconi desconversa sobre candidatura ao Senado

09/08/2022 08h53

ROMA, 9 AGO (ANSA) - Cotado para disputar uma vaga no Senado, o ex-premiê da Itália Silvio Berlusconi desconversou nesta terça-feira (9) sobre uma possível candidatura nas eleições antecipadas de 25 de setembro.   

"Sobre meu futuro, vamos ver. Hoje falemos sobre o futuro da Itália", disse o ex-primeiro-ministro e presidente do partido conservador Força Itália (FI) à emissora Radio 24.   

"No meu partido, me disseram que é importante me candidatar, vou pensar e depois decidimos", acrescentou. Há cerca de 20 dias, logo após a renúncia do premiê Mario Draghi, o coordenador nacional do FI, Antonio Tajani, disse que Berlusconi "com certeza" se candidataria ao Senado.   

"Ele normalmente se empolga em campanhas eleitorais, e essa vai ser sua nona", afirmou Tajani na ocasião.   

O FI aparece apenas em quinto lugar nas pesquisas, com menos de 10% das intenções de voto, o que o torna o pilar mais frágil da coalizão conservadora com os partidos de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), de Giorgia Meloni, e Liga, de Matteo Salvini.   

No entanto, de acordo com as sondagens, essas três legendas, juntas, podem conseguir maioria no Parlamento, o que daria a Berlusconi um papel importante na formação de um futuro governo liderado pela extrema direita.   

Hoje eurodeputado, o ex-premiê já apresentou inclusive algumas propostas para tentar crescer nas pesquisas, como aposentadoria mínima de mil euros (R$ 5,2 mil), alíquota única no imposto de renda e plantar pelo menos 1 milhão de árvores por ano.   

Berlusconi foi senador entre março e novembro de 2013, quando teve seus direitos políticos cassados por causa de uma condenação definitiva por fraude fiscal envolvendo sua empresa de mídia, a Mediaset.   

No entanto, a inelegibilidade terminou em 2018, o que permitiu que o ex-premiê se elegesse deputado do Parlamento Europeu no ano seguinte.   

Berlusconi ainda responde a diversos processos por suborno de testemunhas e, em um deles, o Ministério Público de Milão pediu sua condenação a seis anos de cadeia. (ANSA).   

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