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Líder da extrema-direita italiana condena anexação de regiões ucranianas por Putin

A parlamentar italiana Giorgia Meloni, líder do Irmãos de Itália, em sessão da Câmara em Roma - Riccardo de Luca - 21.jul.22/Anadolu/AFP
A parlamentar italiana Giorgia Meloni, líder do Irmãos de Itália, em sessão da Câmara em Roma Imagem: Riccardo de Luca - 21.jul.22/Anadolu/AFP

ANSA

30/09/2022 11h47

A deputada de extrema-direita Giorgia Meloni, vencedora das eleições parlamentares na Itália, criticou nesta sexta-feira (30) a anexação de quatro províncias ucranianas pela Rússia.

Segundo a futura premiê italiana, a medida formalizada pelo regime de Vladimir Putin "não tem qualquer valor jurídico ou político" e é resultado de "referendos falsos organizados sob violenta ocupação militar".

"Putin demonstra mais uma vez sua visão neoimperialista de caráter soviético, que ameaça a segurança de todo o continente europeu. Essa nova violação das regras de convivência entre as nações por parte da Rússia confirma a necessidade de união das democracias ocidentais", diz Meloni em um comunicado.

Putin anexou as províncias de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, e Kherson e Zaporizhzhia, no sul, embora seus territórios estejam apenas parcialmente sob controle de Moscou.

Os referendos realizados pelos líderes pró-Rússia dessas quatro regiões não são reconhecidos pela comunidade internacional e podem ser usados como desculpa para o Kremlin empregar armamentos mais pesados para frear a contraofensiva ucraniana.

Perto de se tornar a primeira mulher a governar a Itália, Meloni já garantiu que vai manter a política de Mario Draghi em relação à Ucrânia, com apoio incondicional - inclusive militar - a Kiev.

No entanto, seus aliados na coalizão vencedora das eleições, Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, defendem uma postura mais branda. O segundo é amigo de longa data de Putin, enquanto o primeiro quer o fim das sanções europeias contra o Kremlin.