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Sobe para 79 número de mortos em naufrágio de migrantes na Itália

Partes do barco que levava imigrantes para a Itália foram arrastadas para a costa - REUTERS/Giuseppe Pipita
Partes do barco que levava imigrantes para a Itália foram arrastadas para a costa Imagem: REUTERS/Giuseppe Pipita

11/03/2023 13h11Atualizada em 12/03/2023 10h54

Subiu para 79 o número de mortos no naufrágio de um barco de migrantes e refugiados na costa de Cutro, no sul da Itália, em 26 de fevereiro.

Socorristas recuperaram neste domingo (12) os corpos de mais três vítimas, sendo dois meninos pequenos e um homem adulto. Com isso, já são 33 menores de idade confirmados entre os falecidos na tragédia, incluindo 24 com até 12 anos.

A tragédia de Cutro, pequena cidade da Calábria, é uma das piores dos últimos anos no Mar Mediterrâneo, onde dezenas de milhares de migrantes e refugiados movidos pelo desespero se arriscam em barcos superlotados para chegar à Europa.

Somente a Itália já recebeu 17,6 mil deslocados internacionais via Mediterrâneo em 2023, quase 200% a mais que no mesmo período do ano passado.

Apenas desde a última sexta-feira (10), navios oficiais italianos salvaram mais de 1,4 mil pessoas que corriam perigo em barcos no Mediterrâneo Central, trecho de mar entre o norte da África e o sul da Itália.

O navio Diciotti, da Guarda Costeira, desembarcou em Reggio Calabria com 584 pessoas a bordo, enquanto barcos de patrulha escoltaram um pesqueiro com 487 migrantes até Crotone, ambas na região da Calábria.

Já o navio Sirio, da Marinha Militar, está navegando rumo a Augusta, na Sicília, com 379 deslocados internacionais, totalizando 1.450 indivíduos resgatados.

O recrudescimento da crise no Mediterrâneo já fez o governo da premiê Giorgia Meloni aprovar decretos para restringir a atividade de navios de ONGs humanitárias na região e para estabelecer penas de até 30 anos de cadeia para organizadores de viagens clandestinas que resultem em mortes.