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UE lança plano para evitar que empresas façam greenwashing

Marcas precisarão apresentar provas científicas para garantir o recebimento das etiquetas "eco", "bio" ou "com pegada climática reduzida". - REUTERS/Yves Herman
Marcas precisarão apresentar provas científicas para garantir o recebimento das etiquetas "eco", "bio" ou "com pegada climática reduzida". Imagem: REUTERS/Yves Herman

Em Bruxelas, Bélgica

22/03/2023 13h56

A Comissão Europeia lançou hoje um plano para evitar as práticas de greenwashing, quando empresas fingem ou mentem sobre tomar medidas sustentáveis por meio de estratégias de marketing com o objetivo de enganar clientes ou seus públicos.

Agora, todas as marcas precisarão apresentar provas científicas para garantir o recebimento das etiquetas "eco", "bio" ou "com pegada climática reduzida" em seus produtos. Caso façam declarações infundadas, os Estados-membros poderão aplicar sanções, incluindo multas.

Segundo dados do próprio bloco, 53,3% das declarações "verdes" sobre produtos feitos na União Europeia são consideradas "vagas", "errôneas" ou "infundadas". Isso inclui itens biodegradáveis, roupas e plásticos dos mais diversos tipos.

Informações ou rótulos que usam uma pontuação agregada do impacto ambiental geral do produto não serão mais permitidos e, com a proliferação contínua de rótulos ambientais — Bruxelas estima que existam pelo menos 230 hoje — nenhum novo esquema público de rotulagem será liberado, a menos que seja desenvolvido em nível europeu.

Os países-membros devem garantir a aplicação das novas normas com um sistema de controles e introduzir "sanções eficazes, proporcionais e dissuasivas" para quem não respeita às regras.