Rússia intensifica ataques à Ucrânia em aniversário de conflito

KIEV, 25 FEV (ANSA) - A noite da data que marcou dois anos de conflito entre Rússia e Ucrânia foi marcada por intensos combates.   

Segundo Kiev, militares russos dispararam mísseis, que foram derrubados no Mar Negro, e enviaram drones para diversas regiões do país entre a noite deste sábado (24) e a manhã deste domingo (25).   

O governador de Kherson, Oleksandr Prokudin, informou que dois condomínios, residências particulares e escolas foram danificados por bombardeios russos, atingindo pessoas.   

"O exército russo atingiu áreas residenciais, em particular dois prédios residenciais e sete casas particulares foram danificados. Uma pessoa foi morta e outras seis ficaram feridas", disse ele.   

O governador de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, Ivan Fedorov, afirmou que as forças russas atacaram 263 vezes em 24 horas 10 assentamentos na região.   

Durante um fórum sobre o conflito, o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umyerov, afirmou que "o plano de ação das Forças Armadas Ucranianas para 2024 é poderoso".   

"Estamos fazendo tudo o que podemos e até o impossível para fazer uma reviravolta. O plano 2024 já existe. Não o discutimos publicamente. É poderoso, forte, não apenas dá esperança, mas também dará resultados este ano", disse.   

Ele também afirmou que metade das armas prometidas pelo Ocidente à Ucrânia estão sendo entregues com atraso: "Atualmente, um compromisso não é sinônimo de entrega, 50% dos compromissos não são cumpridos dentro do prazo".   

Já o premiê do país, Denys Shmyhal, disse que a Ucrânia espera receber US$ 11,8 bilhões dos Estados Unidos neste ano: "Isso é o que acordamos. Esperamos uma decisão do Congresso após duas semanas de pausa nos trabalhos".   

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Durante a oração do Angelus deste domingo, o papa Francisco falou sobre o marco de dois anos de conflito: "Imploro que seja encontrada aquela pequena humanidade que permitirá criar condições para uma solução diplomática, em busca de uma paz justa e duradoura".   

"Quantas vítimas, feridos, destruições, angústias, lágrimas, em um período que está se tornando terrivelmente longo e cujo fim ainda não se vislumbra. É uma guerra que não apenas está devastando aquela região da Europa, mas que desencadeia uma onda global de medo e ódio", lamentou.   

O Papa renovou seu "afeto mais vivo ao povo ucraniano martirizado", e assegurou suas orações "por todos, especialmente pelas numerosas vítimas inocentes". Por fim, pediu uma solução diplomática "por uma paz justa e duradoura". (ANSA).   

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