Brasil se prepara para receber presidente da Itália

BRASÍLIA, 14 JUL (ANSA) - Brasília se prepara para receber o presidente da Itália, Sergio Mattarella, que chegará neste domingo (14) na capital do país, e se encontrará com o chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima segunda-feira (15).   

A visita tem caráter de reciprocidade, depois da viagem de Estado de Lula no ano passado e novamente há algumas semanas, para participar da reunião dos líderes do G7, na Puglia.   

"A minha relação com a Itália é histórica, remonta a quando eu era um líder sindical", declarou Lula em junho do ano passado, comentando a sua missão à capital italiana, onde chegou "para fortalecer as relações e parcerias entre as duas nações".   

O retorno de um presidente italiano, após uma ausência de 24 anos, é muito bem-vindo e fortalece as relações entre os dois países, que este ano estão ambos à frente de dois importantes fóruns multilaterais, o G20 (Brasil) e o G7 (Itália).   

O encontro será de fato uma oportunidade para a troca de experiências sobre os temas da agenda, desde a luta contra as mudanças climáticas à transição energética, passando pelo combate à fome e às desigualdades, carro-chefe da presidência brasileira do G20.   

Mas representa também a possibilidade de discutir o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, um tratado quase alcançado após anos de negociações e que agora parece ter retornado ao limbo.   

Por outro lado, a Itália e o Brasil partilham fortes laços sociais e culturais e neste ano comemoram 150 anos da imigração italiana, o que muito contribuiu para forjar a identidade do país.   

Entre os territórios que mais apresentam esse caráter está o Rio Grande do Sul, estado assolado há semanas por chuvas e inundações na pior tragédia ligada às mudanças climáticas no Brasil, para o qual a Itália enviou um avião militar com 30 toneladas de ajuda humanitária, em maio.   

Este foi um gesto de amizade e solidariedade para com o Brasil, e mais particularmente para com um território onde 40% da população é de ascendência italiana - os municípios são chamados de Nuova Venezia, Garibaldi ou Nuova Beluno -, se fala ainda o 'talian', dialeto dos agricultores venezianos, e onde o presidente Mattarella decidiu visitar durante uma das etapas de sua missão.   

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O chefe de Estado estará também em São Paulo, o coração econômico pulsante do país, onde estão sediadas centenas de importantes empresas italianas que geram milhares de empregos, e nas duas antigas capitais brasileiras, o Rio de Janeiro, "a cidade maravilhosa", um grande centro cultural, já chamada de "Roma tropical", e Salvador, um dos lugares mais emblemáticos do país sul-americano e cidade natal do grande escritor e intelectual Jorge Amado. (ANSA).   

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