Alain Delon, lenda do cinema francês, morre aos 88 anos

PARIS, 18 AGO (ANSA) - O ator francês Alain Delon, um dos maiores galãs da sétima arte e mundialmente conhecido por sua atuação no filme "O sol por testemunha", morreu neste domingo (18), aos 88 anos. O falecimento foi anunciado pelos filhos do artista.   

A estrela do cinema francês, que viveu o auge da carreira no pós-guerra e chamava atenção pela beleza marcante, morreu em sua casa em Douchy, nas proximidades de Paris.   

Os últimos anos de Delon foram marcados por problemas de saúde, incluindo um AVC em 2019, que o fez raramente deixar sua propriedade localizada na região de Val de Loire. Um de seus filhos, Anthony, chegou a mencionar que o pai tinha vontade de recorrer ao suicídio assistido, mas as causas do falecimento do ator não foram reveladas.   

"Alain Fabien, Anouchka, Anthony e o seu cachorro Loubo têm a imensa tristeza de anunciar o falecimento de seu pai. Ele morreu pacificamente em sua casa em Douchy, com seus filhos e familiares. A família pede que respeitem sua privacidade neste momento de luto extremamente doloroso", informou a nota divulgada pelos filhos de Delon.   

Ganhador de inúmeros prêmios ao longo da carreira, o artista fez sua primeira aparição nas telonas em 1957, quando interpretou um matador de aluguel em "Send a Woman When the Devils Fails". Ao todo, o francês estrelou mais de 80 produções, mas é recordado pelos clássicos "O Sol por Testemunha" e "Cidadão Klein".   

"Alain Delon desempenhou papéis lendários e fez o mundo sonhar. Emprestando seu rosto inesquecível para virar nossas vidas de cabeça para baixo. Melancólico e popular, ele era mais que uma estrela: era um monumento francês", escreveu o presidente da França, Emmanuel Macron, nas redes sociais.   

A atriz Claudia Cardinale, um dos maiores ícones do cinema italiano, protagonizou o filme "O Leopardo" ao lado de Delon. Em sua despedida ao ator, a artista de 86 anos afirmou que o "baile acabou" e mencionou os personagens que interpretaram no longa dirigido por Luchino Visconti, lançado em 1968.   

"Me pedem palavras, mas a tristeza é muito intensa. Uno-me à dor dos seus filhos, dos seus entes queridos, dos seus fãs.   

Acabou o baile. Tancredi subiu para dançar com as estrelas...   

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para sempre sua, Angelica", disse a artista em entrevista à ANSA. (ANSA).   

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