Espanha reforça militares para ajudar população em Valência
VALENCIA, 1 NOV (ANSA) - Três dias depois da catástrofe provocada pelas inundações que atingiram a Espanha, particularmente a província de Valência, e deixaram ao menos 158 mortos, a busca pelos desaparecidos, cujo número é desconhecido, continua nesta sexta-feira (1°).
Hoje, o governo espanhol incluiu mais 500 militares aos mais de 1,2 mil envolvidos na emergência na região devastada pelo mau tempo, onde há problemas de abastecimento de água e alimentos. Segundo a ministra da Defesa, Margarita Robles, há mais 500 militares na Comunidade Valenciana e nos próximos dias serão incorporados mais elementos das Forças Armadas, "todos os necessários".
A política espanhola explicou que o contingente tem "muitíssimas missões", desde tentar encontrar pessoas ainda vivas a resgatar corpos, desimpedir estradas ou abastecer populações que estão sem água potável, alimentos ou medicamentos.
Segundo as autoridades, a situação de emergência continua elevada na região e cerca de 366 mil habitantes de aproximadamente 20 municípios permanecem sem água potável, enquanto as residências de 50 mil estão sem energia elétrica.
Devido à falta de água por causa do rompimento das tubulações, em alguns municípios não é possível realizar a limpeza da lama, que acabou secando. "As forças armadas vão estar em todas as localidades afetadas, onde for preciso, sem nenhum tipo de limitação de meios", garantiu Robles.
Em meio à tragédia, a Comunidade Valenciana permanecerá isolada das ligações ferroviárias com Madri e, parcialmente, com a Catalunha, durante pelo menos 2 semanas após os danos significativos nas linhas de trem.
Até o momento, 158 vítimas foram recuperadas. Os médicos realizam as autópsias e, até agora, 15 pessoas já foram identificadas. A expectativa é de que o ministro do Interior da Espanha, Fernando Grande-Marlaska, visite a região ainda hoje.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores do Equador anunciou que sete dos oito equatorianos desaparecidos foram encontrados vivos. A embaixada do Equador em Madri e os consulados em Valência, Madri e Barcelona estão monitorando a situação caso sejam identificadas mais pessoas. (ANSA).
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