Americana processa sobrinho de 12 anos por lesão em abraço
Em apenas 20 minutos, um tribunal nos Estados Unidos derrubou na terça-feira (13) um pedido de indenização feito por uma mulher contra seu sobrinho, de apenas 12 anos.
Jennifer Connell, gerente de recursos humanos de uma empresa da cidade de Bridgeport, no Estado americano de Connecticut, entrou na Justiça contra Sean Tarala pedindo o equivalente a R$ 500 mil em danos depois de ter quebrado o pulso em um "abraço que deu errado".
Para tornar o caso ainda mais polêmico, o acidente ocorreu em 2011.
Na sexta-feira, quando prestou depoimento em frente ao juiz, Connell, de 54 anos, disse não ter feito o pedido antes porque não queria causar consternação no menino. Ela alegou que o acidente deixou sequelas no pulso afetado. "Fui a um festa recentemente e foi difícil segurar meu prato de comida".
Festa de aniversário
O acidente ocorreu na festa de aniversário de oito anos do sobrinho. Segundo Connell, Sean pulou sem aviso sobre ela para dar-lhe um abraço. E ambos caíram no chão.
O sobrinho também esteve no tribunal, acompanhado apenas do pai. A mãe morreu no ano passado.
Além da simpatia do júri, que não aceitou o argumento de que o menino tinha responsabilidade no acidente, Sean contou ainda com o apoio das redes sociais. Vários internautas postaram mensagens criticando a atitude da tia, muitas com ofensas pessoais a Connell. Em um dos posts, um usuário disse que todos os americanos desejavam que a gerente "tivesse quebrado o pescoço em vez do pulso".
Depois da audiência no tribunal, Connell deu uma entrevista à rede CNN, dizendo que tinha entrado com o processo como forma de receber o dinheiro de um seguro por acidentes.
"Fui aconselhada por meus advogados de que a lei de Connecticut exige a ação judicial. Uma pessoa, não uma seguradora, precisava ser o réu do processo. Eu adoro essa criança. Ele jamais tentaria me machucar ou eu a ele".
A gerente, na verdade, é prima de segundo grau de Sean. No entanto, o menino sempre a chamou de tia. Segundo Connell, ela se manteve em contato com a família e, no mês passado, saiu com o menino para comprar uma fantasia de Dia das Bruxas.
"A internet tem um poder incrível fazer um acontecimento viralizar, mesmo que totalmente fora de contexto. Não estou querendo me aposentar no sul da França. Quero apenas pagar minhas contas médicas."
Mas além da estranheza do episódio, a polêmica nas redes foi causada também pela forma como a ação judicial descreveu o incidente. "A lesão e os danos foram causados pela negligência e a falta de cuidado do réu. Uma criança de oito anos deveria saber que um cumprimento forçado pode causar ferimentos".
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