A guerra contra atiradores do Estado Islâmico escondidos nas ruínas que sobraram de Raqqa
Após três meses de combates, as Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês) - aliança entre combatentes árabes e curdos apoiada pelos Estados Unidos - anunciaram em setembro que conseguiram expulsar 80% dos militantes do grupo autodenominado Estado Islâmico (EI) da cidade de Raqqa, no norte da Síria.
Há três anos, Raqqa foi proclamada a capital do chamado “califado” do Estado Islâmico. A cidade foi transformada pelo grupo, que aplicou uma interpretação extremista da lei islâmica e usava decapitações, crucificações e tortura para aterrorizar moradores que se opunham a eles.
Na época, a localidade virou o lar de milhares de jihadistas do mundo inteiro que respondiam ao chamado do líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi. Ele era dado como morto, mas nesta semana militantes do grupo divulgaram uma gravação de áudio que parece conter sua voz falando sobre acontecimentos recentes.
Raqqa foi cercada em junho por cerca de 15 mil combatentes das SDF, além de ser alvo de ataques aéreos e forças especiais apoiadas pelos Estados Unidos.
Apesar da forte resistência dos militantes, em setembro as SDF tomaram controle completo do centro antigo e da Grande Mesquita da cidade. Contudo, estima-se que ainda haja cerca de 400 extremistas no local.
Rami Abdul Rahman, diretor do Observatório Sírio, disse à imprensa que os 10% restantes da cidade serão mais difíceis de conquistar, já que os militantes do EI criaram muitas minas nas áreas que ainda estão sob seu controle.
Também há uma preocupação com os civis que estão presos nesses locais e são usados como escudo humano ou isca.
Dezenas de milhares de civis fugiram dos combates nos últimos meses, mas estimativas apontam que pode haver entre 10 mil e 25 mil pessoas ali.
A previsão é de que a cidade seja dominada pelas SDF em um ou dois meses.
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