Tiros em Suzano: 10 casos de massacres em escolas que chocaram o mundo
O ataque a tiros na escola estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, trouxe de volta à memória dos brasileiros o massacre de Realengo, quando 12 alunos de uma escola pública foram mortos a tiros. Relembre outros casos de massacres no mundo todo.
O ataque a tiros na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira (13) chocou o Brasil e o mundo. Segundo a polícia, dois jovens entraram no colégio munidos de revólver e uma besta (um tipo de arco-e-flecha disparado por gatilho), matando pelo menos oito pessoas e ferindo outras nove.
Os dois atiradores também morreram. Segundo a polícia, eles teriam cometido suicídio. O caso trouxe de volta à memória dos brasileiros o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, quando um atirador matou doze estudantes e feriu outras 18 pessoas.
O atirador, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, era ex-aluno do colégio e se suicidou com um tiro na cabeça logo após a chegada da polícia.
Vários outros países do mundo já vivenciaram tragédias semelhantes.
Relembre alguns dos casos mais dramáticos:
1. Santa Fe High School, Texas (EUA), em 2018 - 10 mortos
Um adolescente de 17 anos matou 10 pessoas a tiros e deixou outras 10 feridas na Santa Fe High School, no Texas, Estados Unidos. Dimitrios Pagourtzis, que foi preso pela polícia, usou uma espingarda e um revólver calibre 38 de seu pai, que tinha autorização para possuir armas. As vítimas foram 9 estudantes e um professor.
Pagourtzis se rendeu quando a polícia chegou ao colégio e relatou que tinha a intenção de se matar, mas que não teve coragem. Ele está preso na Gavelstone County Jail, e deve enfrentar júri neste ano.
2. Marjory Stoneman Douglas High School, na Flórida (EUA), em 2018 - 17 mortos
Um atirador de 19 anos abriu fogo contra alunos e professores da escola pública Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida.
O ataque deixou 17 mortos. Nikolas Cruz, apontado pelas autoridades como o responsável pelo ataque, havia sido expulso da escola por "motivos disciplinares". Ele está preso.
À BBC News Brasil, a brasileira Kemily dos Santos Duchini, de 16 anos, que cursava o ensino médio no colégio e que estava lá no momento do ataque, relatou os longos minutos de desespero.
"Eu estava em um prédio chamado Freshment Building, que foi o primeiro onde ele entrou. Estávamos fazendo tarefa e a primeira coisa que escutamos foram quatro tiros e barulhos altos, como se alguém estivesse jogando algo muito pesado no chão", contou.
A jovem chegou a mandar uma mensagem de texto para a mãe durante o tiroteio. "Mãe, tem alguém na minha escola atirando", dizia a mensagem.
3. Sandy Hook Elementary School, em Connecticut (EUA), em 2012 - 26 mortos
Um atirador abriu fogo na escola primária Sandy Hook School, em Newtown, no Estado de Connecticut, deixando 27 pessoas mortas, entre as quais 20 crianças e o próprio autor dos disparos.
O atirador foi identificado como Adam Lanza, de 20 anos. Inicialmente, as informações eram de que o autor do ataque teria sido o irmão mais velho de Adam, Ryan, que foi detido para ser interrogado pela polícia. Na hora do crime, Adam estaria portando um documento de seu irmão.
Os dois eram filhos de uma professora que trabalhava na escola e que também foi morta pelo atirador.
Na época, a Sandy Hook School tinha cerca de 600 alunos com idades entre 5 e 10 anos.
4. Oslo e Ilha de Utoya, Noruega, em 2011 - 77 mortos
Um dos massacres mais sangrentos da hisória recente ocorreu na Noruega. O extremista de direita Anders Breivik abriu fogo em 22 de julho de 2011 contra jovens que participavam de um acampamento de verão na ilha de Utoya, matando 69 pessoas - mais de 30 tinham menos de 18 anos.
Antes, ele matou outras oito pessoas em Oslo, capital da Noruega. Breivik foi condenado a 21 anos de prisão, mas as leis norueguesas permitem que o prazo de detenção seja estendido indefinidamente, no caso de os condenados serem considerados de alta periculosidade.
O massacre foi considerado a pior tragédia vivida pela Noruega desde do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Recentemente, a Universidade de Oslo gerou polêmica ao aceitar pedido de Breivik para fazer um curso da instituição.
O material didático é dado a Breivik por um carcereiro e ele não tem nenhum contato com nenhum outro estudante ou professor. Também não tem acesso à internet.
5. Realengo (RJ), Brasil, em 2011 - 13 mortos
No dia 7 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou armado com dois revólveres, às 8:30, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Ex-aluno do colégio, ele atirou contra estudantes em salas de aula lotadas. Matou 12 adolescentes - 10 meninas e 2 meninos com idades entre 12 e 14 anos. Em seguida, se matou com um tiro na cabeça.
Em vídeos gravados antes do crime, Wellington diz que sofreu bullying na escola. O massacre gerou grande comoção em todo o país. Na época, a então presidente Dilma Rousseff declarou luto de três dias.
6. Winnenden, na Alemanha, em 2009 - 16 mortos
O jovem Tim Kretschmer, de 17 anos, invadiu sua antiga escola e iniciou um massacre que terminou com a morte de 16 pessoas, incluindo o próprio atirador, em Winnenden, no estado de Baden-Württemberg, sudoeste da Alemanha.
Kretschmer se suicidou após atingir os colegas e professores e ser perseguido pela polícia. Ele usou uma pistola que pertencia aos pais. Após o ocorrido, a Alemanha endureceu as leis sobre posse de armas.
7. Virginia Tech University, na Virgínia (EUA), em 2007 - 32 mortos
O mais sangrento massacre numa instituições de ensino dos Estados Unidos ocorreu na Universidade Estadual da Virgínia, conhecida como Virginia Tech, na cidade de Blacksburg. Armado com duas pistolas, o estudante Seung Hui Cho matou 32 pessoas.
O jovem de origem sul-coreana trancou algumas das principais portas de um dos edifícios da universidade e passou de sala em sala atirando em quem via pela frente.
Logo após o massacre, ele se matou.
8. Beslan, na Rússia, em 2004 - 330 mortos
Durante três dias, cerca de 30 extremistas chechenos fizeram mais de mil reféns, incluindo cerca de 800 crianças, numa escola russa em Beslan, na Ossétia do Norte. Entre as exigências deles estava o fim da Guerra da Chechênia.
Vários reféns foram executados e os militantes colocaram explosivos no ginásio onde reuniram o restante das crianças. As forças de segurança russas decidiram invadir o local no terceiro dia, numa operação que deixou mais de 300 mortos, entre os quais mais de 180 crianças.
O governo russo foi acusado internacionalmente de usar força excessiva, e analistas apontam o episódio como catalisador de reformas que levaram a uma maior concentração de poder presidencial e uma diminuição das liberdades individuais no país.
9. Columbine High School, Colorado (EUA), em 1999 - 15 mortos
Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17, atiraram contra estudantes e professores da Columbine High School, em Colorado, nos Estados Unidos, em 20 de abril de 1999.
Usando máscaras e roupas negras, os dois percorreram os corredores e as salas da escola com revólveres e bombas caseiras. Mataram 13 alunos e um professor, antes de trocarem tiros com a polícia.
Durante o confronto, ambos se suicidaram. O massacre comoveu o mundo e se tornou um marco na história americana.
10. Fujian, na China, em 2010 - 8 mortos
O médico Zheng Minsheng, de 41 anos, matou a facadas oito crianças e feriu outros cinco alunos de uma escola primária. Ele foi contido por pessoas que passavam pelo local e seguranças da escola.
Autoridades chinesas disseram que o autor sofria de transtornos psiquiátricos. Ele foi preso pouco depois do ataque.
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