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As regiões dos EUA ameaçadas pelo furacão Dorian, que devastou as Bahamas

05/09/2019 16h31

Imagens de satélite, mapas e gráficos mostram onde a tempestade atingirá e seu impacto esperado.

O furacão Dorian representa uma ameaça para os Estados na costa leste dos Estados Unidos depois de deixar um rastro de destruição nas Bahamas.

O furacão foi a tempestade mais poderosa a atingir as Bahamas desde o início dos registros, com ventos sustentados de até 298 km/h em seu pico, provocando tempestades e inundações.

Depois de ser rebaixado da categoria cinco, o nível mais alto, para a categoria dois, voltou a ganhar força. Autoridades dizem que agora é um furacão de categoria três, produzindo ventos sustentados de 185 km/h e possibilidade de tempestades capazes de provocar mortes.

Pelo menos 20 pessoas morreram nas Ilhas Ábaco e Grand Bahama, no norte do arquipélago, e o número ainda deve subir.

Nos Estados Unidos, moradores da Geórgia à Virgínia foram avisados ??para ficar atentos aos anúncios de emergência enquanto Dorian se move lentamente para o norte.

Por onde Dorian já passou?

Dorian chegou à terra firme no domingo (1 de setembro), atingindo as Bahamas. Seu lento progresso nas Ilhas Ábaco e Grand Bahama na segunda e na terça-feira ampliou a extensão dos danos.

Ventos fortes, chuva torrencial e inundações provocadas pelo avanço da água do mar dizimaram algumas áreas.

O ministro da Segurança Nacional das Bahamas, Marvin Dames, disse que a devastação na Baía Harbour das Ilhas Ábaco foi "além do que qualquer um pode imaginar".

"Muitas casas foram totalmente destruídas e, portanto, precisamos, como governo e povo, de uma estratégia de reconstrução massiva, de um plano, depois de tudo isso. É muito triste."

Imagens aéreas das Ilhas Ábacos mostraram quilômetros de telhados arrancados, destroços espalhados, carros capotados, contêineres e barcos revirados e inundações.

Fala-se em ao menos dezessete mortos nas Ilhas Ábaco e três em Grand Bahama. Mas o número total de vítimas não está claro, já que os serviços de emergência ainda não chegaram a algumas áreas - mas o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, disse que a cifra deve aumentar.

Com o início das operações de resgate e socorro, a Organização das Nações Unidas disse que 70 mil pessoas nas Bahamas precisam de ajuda. A Cruz Vermelha Internacional teme que quase metade das casas em Grand Bahama e Ábacos - cerca de 13 mil propriedades - tenham sido gravemente danificadas ou destruídas.

O sobrevivente Ramond King, da Baía Marsh, disse que perdeu tudo. "Sim, eu testemunhei a tempestade, estava na sala e vi meu teto ser levado embora", disse ele à Reuters. "Eu pensei: isso não pode ser real, isso não pode ser real."

Muitas pessoas em Grand Bahama foram forçadas a fugir para os telhados de suas casas para escapar das enchentes que cobriam a maior parte da ilha.

O primeiro-ministro Minnis disse que, apesar da ampla destruição, "as casas construídas sobre palafitas não foram danificadas".

Tempestades podem ser devastadoras

Além da perigosa velocidade do vento, as autoridades americanas emitiram avisos de tempestades com risco de morte ao longo de toda a costa dos Estados da Geórgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte.

Para onde está indo?

Nas Bahamas, a tempestade avançou para o norte, a leste da Flórida. Na manhã desta quinta-feira, estava a cerca de 170 km a sudeste de Charleston, na Carolina do Sul, e se deslocava para o norte a cerca de 11 km/h. Espera-se que vire para nordeste e acelere.

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) diz que o centro do Dorian pode se deslocar próximo ou ao longo da costa da Carolina do Sul ainda nesta quinta-feira.

Mas mesmo antes do Dorian atingir terra firme nos Estados Unidos, os fortes ventos alcançam um raio de até 95 km a partir do centro do furacão.

O NHC diz que as Carolinas do Norte e do Sul podem ser ter um aumento do nível do mal de 2,1 metros e 98 a 198 ml de chuva. Mais de 2,2 milhões de pessoas na Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul receberam ordem de evacuação.

"O tempo para sair está acabando", disse o governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, em entrevista coletiva.

A Cruz Vermelha afirma que mais de 12 mil pessoas passaram a noite de terça-feira em seus centros de acolhida.

A força de Dorian

Na categoria cinco, Dorian foi o segundo furacão mais forte já registrado no Atlântico, com algumas rajadas atingindo 321 km/h. É o quinto furacão do Atlântico a alcançar a categoria mais alta nos últimos quatro anos.

O furacão Irma, em 2017, também foi da categoria cinco e causou danos generalizados nas Ilhas Leeward, no Caribe e na Flórida, danificando estradas, prédios, aeroportos e portos.

A ilha de Grand Bahama também foi atingida pelo furacão Matthew, de categoria cinco, em 2016 - muitos moradores ainda não haviam reconstruído completamente suas casas antes da chegada de Dorian.


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