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Vladimir Putin: 20 anos de liderança na Rússia em 20 fotos

31/12/2019 11h03

Em 31 de dezembro de 1999, Vladimir Putin tornou-se presidente da Rússia. Desde então, o ex-agente da KGB (antigo serviço secreto do país) permaneceu na liderança de seu país, ora na Presidência ora como primeiro-ministro.

Ao longo de 20 anos, ele navegou crises geopolíticas, escândalos domésticos e grandes eventos esportivos. O democrata Bill Clinton ocupava a Presidência dos Estados Unidos quando Putin assumiu o cargo pela primeira vez. Desde então, três outros políticos ocuparam a Casa Branca - no Reino Unido, cinco atuaram como primeiros-ministros.

A BBC reúne 20 imagens que definem as duas décadas de Putin no poder:

O ex-agente da KGB já havia sido indicado como primeiro-ministro quando a Rússia iniciou a segunda guerra na Chechênia, em outubro de 1999, em resposta a uma série de atentados a bomba em prédios de apartamentos em Moscou e outras cidades, que Putin atribuiu aos separatistas.

O início de seu período na Presidência foi marcado pelo conflito na rebelde república na região sul da Rússia. A capital da Chechênia, Grozny, foi sitiada por tropas russas e, em 2003, descrita pela Organização das Nações Unidas como a cidade mais destruída do mundo.

Por anos, a Rússia foi atingida por ataques de militantes chechenos, em casos como o massacre em escola da cidade de Beslan, em que mais de 330 morreram, em sua maioria crianças.

Mas a ofensiva à região só terminou oficialmente em 2009, por ordem de Putin.

Putin foi confirmado como presidente da Rússia nas eleições de março de 2000 e, em poucos meses, já se viu no centro de uma crise de relações públicas.

O naufrágio do submarino Kursk, em agosto daquele ano, matou 118 membros de sua tripulação.

O governo russo levou dias para informar os parentes das vítimas e Putin, que estava em férias, tardou a voltar ao país.

Em sua primeira década no cargo, Vladimir Putin manteve relações diplomáticas positivas com líderes ocidentais, embora fosse crítico da política externa destes países.

A Rússia recebeu pela primeira vez uma cúpula do G8 (grupo de países mais ricos) em 2006, confirmando sua filiação ao grupo econômico.

Pela Constituição russa, Putin não poderia permanecer no cargo para um terceiro mandato consecutivo como presidente. Por isso, ele tornou-se, em 2008, primeiro-ministro do país, posição que ocupou por quatro anos.

Dimitri Medvedev, que ocupou a Presidência no período, era visto apenas como um discípulo de Putin, ocupando o cargo até que seu chefe pudesse voltar a ocupá-lo.

Em 2008, a breve guerra da Rússia contra a Geórgia acendeu a luz amarela no Ocidente.

O conflito começou quando forças georgianas bombardearam a região separatista da Ossétia do Sul para tentar retomar o controle sobre a província rebelde. Em resposta, os russos, com os quais parte da população da província se identificava, repeliram o ataque e avançaram em território georgiano até chegar à capital, Tbilisi.

Foi a movimentação russa no leste da Ucrânia, em 2014, entretanto, que azedou as relações diplomáticas de Putin com as principais potências ocidentais.

A invasão e anexação da Crimeia gerou sanções da União Europeia e dos Estados Unidos contra a Rússia, levando também uma suspensão da filiação do país ao G8.

Quatro anos após o início da Guerra Civil na Síria, a Rússia interveio para apoiar seu aliado, o presidente sírio Bashar al-Assad, cujo governo beirava o colapso. A decisão de Putin de enviar aviões e armamento russo mudou o equilíbrio de poder no conflito.

Após a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016, os serviços de inteligência americanos concluíram que houve interferência da Rússia na campanha.

E, em 2018, o Reino Unido acusou a Rússia de ser responsável pelo envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal em Salisbury, na Inglaterra.

No poder, o presidente russo buscou gerenciar integralmente sua imagem e a de seu país. Diversas fotos divulgadas por Putin ao longo dos anos buscaram atribuir a ele a imagem de homem forte.

Também tentou vender a Rússia como potência esportiva ao sediar grandes eventos como a Olimpíada de Inverno de 2014 e a Copa do Mundo de 2018.

Os Jogos de Sochi foram um sucesso de organização, mas as repercussões de um escândalo de doping continuam a ser sentidas.

Na semana passada, a Agência Mundial Anti-Doping proibiu a Rússia de participar de grandes eventos esportivos por quatro anos. Um relatório de 2015 mostrou que o país montou e operou um programa de doping de atletas patrocinado pelo Estado.

Embora a Copa do Mundo de 2018 tenha sido um sucesso, os escândalos envolvendo o doping de atletas impedirão que a seleção russa participe da próxima edição do evento, no Qatar, em 2022.