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Hackers invadem contas do Facebook no Twitter e Instagram para divulgar seu negócio

08/02/2020 09h41

'Para melhorar a segurança de suas contas, contate-nos', diz mensagem; tomadas por um grupo de hackers com sede em Dubai, elas já foram recuperadas.

As contas do Facebook em outras redes sociais foram invadidas por hackers nesta sexta-feira (7), que aproveitaram a oportunidade para divulgar seu negócio.

O grupo, OurMine, postou uma mensagem nos perfis da empresa no Twitter e no Instagram em que se lia "até o Facebook pode ser hackeado".

As contas já foram recuperadas.

O OurMine diz que seus ataques são uma tentativa de expor as vulnerabilidades da internet. Em janeiro, o grupo sequestrou mais de uma dezena de contas de times da NFL, principal liga de futebol americano dos Estados Unidos.

Na mensagem postada no Twitter, os hackers escreveram: "Olá, somos o OurMine. Bem, até o Facebook pode ser hackeado, mas pelo menos a segurança deles é melhor que a do Twitter. Para melhorar a segurança de suas contas, contate-nos".

No Instagram, o logo do grupo foi postado nas contas do Facebook e do Messenger.

O site da rede social, porém, não foi hackeado.

O Twitter confirmou que as contas foram hackeadas por meio de uma terceira via e foram bloquedas assim que a empresa foi alertada sobre o problema.

"Assim que fomos alertados sobre o problema, bloqueamos as contas atingidas e estamos trabalhando com nossos parceiros no Facebook para recuperá-las", afirmou o Twitter em comunicado.

O ataque ao Facebook parece ter seguido o mesmo padrão daqueles que invadiram as contas de times da NFL. Elas parecem ter sido acessadas por meio da plataforma Khoros.

A Khoros é uma ferramenta de marketing utilizada por empresas para gerenciar suas comunicações nas redes sociais. Geralmente, plataformas como essa tem acesso às informações de login e senha de seus clientes.

Procurada pela BBC News, a Khoros não respondeu.

O OurMine é um grupo de hackers com sede em Dubai, que age atacando contas de grandes empresas e celebridades.

Já invadiu, por exemplo, as contas do fundador do Twitter, Jack Dorsey, do presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, da Netflix e da ESPN.

Embora o grupo sustente que seus ataques servem para evidenciar a falta de segurança, também costuma instruir suas vítimas a usar seus serviços para melhorar seus mecanismos de proteção.


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