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Coronavírus: os melhores e os piores países para se estar na pandemia

A Finlândia se destacou no topo da lista onde a pandemia passou melhor - Getty Images
A Finlândia se destacou no topo da lista onde a pandemia passou melhor Imagem: Getty Images

02/12/2020 20h04

A Bloomberg avaliou vários parâmetros de saúde e qualidade de vida para organizar o ranking. De acordo com a empresa de serviços financeiros, não há melhor lugar para passar a pandemia do que a Nova Zelândia e não há pior do que o México. Brasil ficou numa faixa intermediária.

Alguns países já desfrutam de uma relativa normalidade após a aplicação de medidas rígidas de isolamento social contra a covid-19, enquanto outros repetem confinamentos diante de uma segunda e até terceira onda, como os Estados Unidos.

De acordo com a Bloomberg, não há melhor lugar para passar a pandemia do que na Nova Zelândia e não há pior do que no México.

Isso foi concluído após organizar 53 países e identificar em qual deles a pandemia é melhor vivenciada por meio da análise de indicadores sanitários e socioeconômicos.

Na BBC, mostramos a classificação Resiliência contra a covid-19, da Bloomberg, e explicamos sua metodologia.

Situação sanitária e qualidade de vida

Por motivos de "concisão", a Bloomberg limitou a classificação aos países cujas economias valem mais de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão).

No total, eles analisaram o desempenho de 53 países, incluindo os latino-americanos Chile, Colômbia, Peru, México, Argentina e Brasil. Depois de mais de nove meses de pandemia, parece claro que, embora não haja uma fórmula mágica para deter o coronavírus, alguns países se saíram melhor do que outros.

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A Bloomberg também mediu a qualidade de vida dos países com base no desenvolvimento humano e no acesso à saúde
Imagem: Getty Images

A Bloomberg avaliou as nações de acordo com 10 parâmetros separados em dois pontos.

O primeiro trata da situação de saúde e considera a incidência de casos e óbitos a cada 100 mil habitantes em um mês, o total de óbitos por milhão de habitantes, o percentual de testes positivos e o acesso às vacinas.

A segunda parte avalia a qualidade de vida e mede a restrição do confinamento, a mobilidade cidadã, as perspectivas de crescimento econômico em 2020, o acesso à saúde e o índice de desenvolvimento humano.

A empresa esclareceu que as posições da lista podem ser alteradas e atualizadas, mas garante que o abismo entre os países que encabeçam e encerram a lista tende a persistir.

Os mais destacados

O governo de Jacinda Ardern, na Nova Zelândia, foi elogiado por sua estratégia frente à pandemia e o país está no topo da lista da Bloomberg.

No total, o país alcançou 85,4 pontos no ranking e seu ponto mais negativo é uma queda econômica de 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Deve-se notar que todos os países, exceto a China, projetam quedas ou crescimento zero do PIB.

A Nova Zelândia reagiu rapidamente aos primeiros casos de coronavírus e fechou suas fronteiras para controlar a epidemia e evitar a importação de novos casos.

O país também desenvolveu um programa agressivo de testes e rastreamento de infectados, além de uma estratégia de comunicação clara e eficaz.

A Nova Zelândia erradicou virtualmente a doença e a vida voltou a uma normalidade considerável dentro de suas fronteiras.

Acima de 80 pontos, depois da Nova Zelândia, seguem Japão, Taiwan, Coreia do Sul, Finlândia, Noruega, Austrália e China, nessa ordem.

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A vida na Nova Zelândia voltou ao normal depois do país praticamente erradicar a doença dentro de suas fronteiras
Imagem: Getty Images

Os países asiáticos, em geral, também reagiram rapidamente, confinando as áreas com maior incidência de infecções e implantando uma poderosa estratégia de rastreamento, testes em massa e quarentenas.

Isso tem permitido que eles se recuperem consideravelmente e até mesmo mantenham várias atividades sociais, em comparação com outras regiões do mundo.

Os asiáticos, que estão no topo do ranking, também apresentam alto índice de desenvolvimento humano e excelente acesso à saúde.

Por sua vez, Finlândia e Noruega fecharam rapidamente suas fronteiras em março e até hoje perduram as restrições para entrar nesses países, o que permite que eles combatam a violência da segunda onda que está abalando grande parte da Europa continental.

Os piores da lista

O último lugar é ocupado pelo México, que, com mais de 100 mil mortes, é o quarto país com mais mortes, atrás da Índia, Brasil e Estados Unidos.

O México tem o maior percentual de casos confirmados por teste e também a pior taxa de mortalidade no último mês. Sua média total foi de 37,6 pontos.

No fim da classificação estão Argentina e Peru, com 41,1 e 41,6 pontos, respectivamente.

O Brasil aparece em uma posição intermediária. O país aparece na 37ª posição, com 56,2 pontos.

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México ocupa o pior lugar na lista da Bloomberg e é o quarto país com mais mortes por coronavírus no mundo
Imagem: Getty Images

A Colômbia também entrou na lista dos 10 piores com 48,1 pontos. O Chile ficou em 38º com 55,9.

Os países latino-americanos têm algumas das piores taxas de mortalidade por milhão de habitantes, apesar dos rígidos confinamentos, fechamento de fronteiras e toques de recolher noturnos.

Além disso, também estão entre os países que mais sofrerão com o golpe econômico. Principalmente o Peru, que com uma queda de 13,9% no PIB experimenta a pior projeção econômica da lista.

Outras considerações

Os Estados Unidos são o país com mais mortes e casos de coronavírus no mundo. No total, até 25 de novembro, quase 260 mil pessoas morreram e mais de 12 milhões foram infectadas.

No entanto, ocupa a 18ª posição devido principalmente ao alto índice de desenvolvimento humano e notável acesso à saúde.

Por outro lado, como a Bloomberg incluiu apenas 53 países, algumas nações que se destacaram na luta contra a pandemia ficaram de fora da análise, mesmo aquelas que até 25 de novembro mantiveram níveis relativamente baixos de infecção.