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Assessor de Trump é indiciado por agressão

29/03/2016 18h40

Corey Lewandowski, coordenador-chefe da campanha do pré-candidato favorito entre os republicanos, é acusado de agredir uma jornalista durante evento. Imagens e testemunhas corroboram denúncia.

O coordenador-chefe da campanha do pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump foi indiciado nesta terça-feira (29/03) por, supostamente, ter agredido uma jornalista durante um evento de campanha, no início do mês.

Corey Lewandowski, de 42 anos, é acusado de causar ferimentos no braço da jornalista Michelle Fields ao puxá-la para longe de Trump, enquanto o pré-candidato deixava o local do evento, na cidade de Jupiter.

A polícia da Flórida divulgou um vídeo que mostra Fields ao lado de Trump, tentando entrevistá-lo, no momento em que Lewandowski agarra seu braço e a puxa para trás.

Apesar das imagens, a direção da campanha de Trump nega as acusações, afirmando em comunicado que "o Sr. Lewandowski é absolutamente inocente", e que "ele está plenamente confiante de que será absolvido".

Michelle Fields realizava a cobertura da campanha de Trump para o portal de notícias Breibart, notoriamente conservador. O próprio website, numa atitude que muitos críticos consideraram suspeita, repudiou as alegações de sua repórter, sugerindo que a identidade de Lewandowski poderia ter sido confundida. A declaração foi feita antes da divulgação das imagens da suposta agressão.

Em razão da falta de apoio, Fields e ao menos outros cinco repórteres pediram demissão do Breibart, afirmando que trabalhavam para o portal para exercer a função de jornalista, e não para participar de uma campanha política.

Dias após a suposta agressão, Trump chegou a declarar à emissora CNN que o incidente teria sido provavelmente armado. Uma porta-voz de sua campanha chegou a declarar que "nenhuma câmera ou repórter, dos mais de cem que lá estavam, registraram o suposto incidente". Desde então, diversas imagens e testemunhas emergiram para denunciar Lewandowski.

A campanha de Trump, o pré-candidato favorito para obter a nomeação do partido, tem sido marcada nas últimas semanas por tensões e atos de violência.

RC/rtr/ap